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As polêmicas por trás do Koo, rede social indiana que viralizou no Brasil

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As incertezas em torno do Twitter de Elon Musk fizeram com que brasileiros procurassem uma alternativa: o Koo (isso mesmo, Koo). Mas a rede social indiana está cercada de polêmicas em seu país. A plataforma surgiu em um momento tenso e, atualmente, é acusada de promover campanhas do governo e de ser tímida no combate ao discurso de ódio.

Lançado em março de 2020, o Koo ganhou popularidade na Índia em 2021, em meio a uma batalha de gigantes: o governo indiano e o Twitter.

O primeiro-ministro indiano Narendra Modi solicitou que o Twitter bloqueasse contas de agricultures contrários às medidas do governo. Segundo a “BBC” a rede do passarinho azul atendeu Modi, mas voltou atrás citando “justificativa insuficiente”.

O embate entre Twitter e Modi continuou e o governo ameaçou processar os funcionários da empresa na Índia. O caso ganhou ainda mais tensão quando as empresas de tecnologia alegaram que uma nova lei local, que exigia que apps identificassem a pessoa que originou determinado conteúdo, iria afetar a liberdade de expressão e a privacidade de usuários.

O WhatsApp chegou a abrir um processo contra o governo da Índia por considerar a regra inconstitucional, violando direitos de privacidade das pessoas.

Migração para o Koo

Insatisfeitos com as medidas do Twitter, integrantes do governo Modi e celebridades de extrema-direita migraram em peso para o Koo e, com eles, outros milhões de seguidores indianos, lembra o jornal “The Washington Post”.

“Chegamos aos holofotes devido à tensão do Twitter com o governo, mas os usuários logo notaram que podem se expressar em sua língua materna apenas na nossa rede”, disse o cofundador do Koo Aprameya Radhakrishna, em 2021, numa entrevista à “Bloomberg”.

A divisão religiosa no país, muitas vezes cercada por tensão, ampliou o discurso de ódio no Koo, mas também em outras redes, como o Facebook. O Koo é acusado de promover propagandas do governo e de não combater eficientemente o discurso de ódio contra muçulmanos.

“Somos uma plataforma neutra e você não precisa se preocupar com nada disso que você falou. Use-o como se fosse seu”, disse o cofundador do Koo Mayank Bidawatka em resposta a um seguidor que apontava as polêmicas da empresa.

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Assim como o Twitter, o Koo permite compartilhar textos, fotos e vídeo, e tem o “Trending Hashtags”, que exibe os principais assuntos do dia. Por enquanto, apesar da popularidade no Brasil, o app não está disponível em português.

Segundo os desenvolvedores, a empresa tem 200 funcionários, mais de 50 milhões de downloads e mais de 7 mil personalidades entre políticos e celebridades.

Várias personalidades do Brasil já criaram perfil no Koo: o ator e comediante Paulo Vieira, a cantora Clarice Falcão, o influenciador Casimiro e o ator Bruno Gagliasso são alguns nomes que já estão por lá.


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Fonte G1 Brasília

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