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Assassinato de Marielle Franco foi uma parceria público-privada do estado brasileiro com as máfias fluminenses

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O assassinato da vereadora Marielle Franco é um crime estatal. Ou, melhor, uma parceria público-privada do estado brasileiro com as máfias fluminenses.

As quatro balas que atingiram Marielle, três na cabeça e uma no pescoço, e os outros três projéteis que encontraram as costas do motorista Anderson Gomes foram desviados de um lote comprado pelo governo brasileiro para a Polícia Federal (PF).

Quem apertou o gatilho que cuspiu as sete munições calibre 9milímetros do lote “CBC nº UZZ18” do governo brasileiro era um ex-servidor público. O ex-PM Ronie Lessa aprendeu tudo sobre como atirar na Polícia Militar do Rio e também na Polícia Civil, onde atuou como “adido”, uma espécie de embaixador.

Balas e preparação para atirar subsidiados com dinheiro público.

Mesmo com Marielle já enterrada, a parceria público-privada continuou. Foi na sede da Polícia Federal, a mesma do desvio da munição, que três delegados da corporação se reuniram para ouvir um quarto servidor público: o policial militar Rodrigo Jorge Ferreira.

Quase uma convenção de servidores públicos que, segundo a investigação da PF, tinha um único interesse: proteger um quinto servidor público: o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, Domingos Brazão.

E por que a PF chegou à conclusão de que Domingos Brazão estava na trama? Porque havia na cena um sexto servidor público, um policial federal aposentado que trabalhou com Brazão no Tribunal de Contas do Estado.

Para não perder a conta. Havia um ex-policial na cena do crime e seis servidores públicos acusados de obstruir a Justiça. Sete, portanto.

Mas como isso seria possível? Porque havia, segundo a PF, mais dois profissionais da polícia envolvidos: o delegado Rivaldo Barbosa e Giniton Lage. Nove profissionais que, em tese, deveriam zelar pela vida de Marielle e não participar de sua eliminação.

Portanto, quando perguntarem “quem matou Marielle”, o blog responderá sem vacilo: foi o estado brasileiro.

Um último adendo: este texto só foi escrito porque servidores públicos honrados estão trazendo à tona detalhes deste crime estatal.

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