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Associação de diplomatas manifesta ‘profunda frustação’ com baixa nomeação de mulheres para cargos de chefia no Itamaraty

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Mulheres do Itamaraty expressaram na quarta-feira (21), a decepção com relação à promoção da igualdade de gênero dentro da instituição.

Uma nota publicada pela Associação Brasileira das Mulheres Diplomatas (ABMD) manifesta frustração com a “falta de compromisso” do ministro Mauro Vieira, das Relações Exteriores, com uma política de gênero institucionalizada dentro da pasta. Principalmente no que diz respeito à ocupação de cargos de chefia no Brasil e também no exterior.

A insatisfação se tornou pública após a nomeação de quatros homens para cargos de chefias consulares no exterior, também na quarta-feira (21).

Em nota, as mulheres diplomatas cobraram por uma ação afirmativa de inclusão e afirmaram que enquanto as medidas não são aprovadas, deveria existir um compromisso para a nomeação de mulheres para cargos de liderança.

“Uma política institucionalizada deve incluir a adoção de ações afirmativas, implementadas por meio de instrumentos legais e infralegais, que garantam real presença de mulheres nos cargos de liderança do ministério”, afirmaram.

“Enquanto essas medidas não são aprovadas, [a política da pasta] deve contemplar o firme compromisso de nomear mulheres para os cargos de liderança dentro da instituição, o que, infelizmente, pelos números atingidos até o momento, não tem se confirmado”, completa a nota.

Ao tomar posse no Itamaraty, o ministro Mauro Vieira anunciou para o corpo diplomático a criação de uma política de diversidade e inclusão. Além disso, também se comprometeu em aumentar a presença feminina dentro do ministério.

Hoje, no Itamaraty, as mulheres que ocupam cargos de chefia no Brasil e no exterior representam 15,2% . No governo passado, esse número era de 14,2%. Segundo a associação, até o momento, o ministro Mauro Viera realizou 47 nomeações, e apenas 6 (12,7%) foram de mulheres.

“Essa manifestação não desabona as qualidades profissionais dos diplomatas homens indicados. Questiona, porém, porque às diplomatas mulheres, com a mesma qualificação, não lhes são dadas as mesmas oportunidades”, argumenta a associação.

A ABMD também se colocou à disposição pra desenvolver junto com o órgão, uma política afirmativa para ampliar a participação das mulheres e também de pessoas negras, LGBTQIA+ e de pessoas com deficiência.

Nomeações de mulheres

Entre as nomeações femininas de destaque, está a de Maria Laura da Rocha, indicada por Mauro Vieira logo que assumiu a gestão. Maria Laura Rocha ocupa o cargo de secretária-geral, o segundo maior do órgão, ficando abaixo apenas do posto de ministro. É a primeira vez que uma mulher alcança o cargo na história do Itamaraty.

Além da Maria Laura Rocha, em maio, o nome da Maria Luiza Ribeiro Viotti foi aprovado para assumir a embaixada em Washington, um dos mais importantes postos no exterior. Também é a primeira vez que uma mulher ocupa a posição.


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Associação Brasileira de Mulheres Diplomatas

A Associação Brasileira de Mulheres Diplomatas foi oficializada neste ano, participam diplomatas na ativa e aposentadas. Entretanto, as mulheres do Itamaraty desempenham ações coletiva em buscas de igualdade de gênero na carreira diplomática, há pelo menos 10 anos.

O objetivo da associação é apresentar medidas para promover a entrada e a ascensão de mulheres na carreira diplomática. Além disso, a associação também defende a promoção da diversidade, para que cada vez mais, pessoas negras, indígenas, deficientes, LGBTQQI+ e de todas as regiões do Brasil, entrem para carreira diplomática.

Fonte G1 Brasília

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