Ao menos 14 palestinos foram mortos em um ataque aéreo israelense a um acampamento na região Sul da Faixa de Gaza, informou a agência Reuters. O ataque aconteceu na cidade palestina de Kahn Younis, na madrugada de terça-feira (10) pelo horário local ? noite de segunda-feira (9) no horário de Brasília.
O Exército de Israel afirmou que o alvo do ataque era um centro de comando do grupo terrorista Hamas. Segundo a agência, moradores e médicos disseram que o acampamento de tendas, na área de Al-Mawasi, que é uma zona humanitária, foi atingido por pelo menos quatro mísseis.
O acampamento está lotado de palestinos deslocados que fugiram de outras áreas de Gaza. O serviço de emergência civil de Gaza informou que pelo menos 20 tendas pegaram fogo e que os mísseis causaram crateras de até nove metros de profundidade.
?Nossas equipes ainda estão retirando feridos da área atingida. Parece um novo massacre israelense?, disse um oficial do serviço de emergência civil de Gaza, informou a Reuters.
O exército israelense explicou que ?atingiu terroristas significativos do Hamas que estavam operando dentro de um centro de comando e controle embutido na área humanitária em Khan Younis.?
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?Os terroristas avançaram e realizaram ataques contra as tropas das IDF [Forças de Defesa de Israel] e o Estado de Israel?, afirmou o comunicado.
Relatos obtidos pela Reuters indicaram que ainda era possível ouvir jatos israelenses sobrevoando a região enquanto ambulâncias levavam pacientes para um hospital próximo.
Guerra em Gaza
Quase todos os 2,3 milhões de habitantes de Gaza foram forçados a deixar suas casas pelo menos uma vez, e alguns tiveram que fugir até 10 vezes.
A guerra foi desencadeada em 7 de outubro quando o Hamas, que controla Gaza, atacou Israel, matando 1,2 mil e levando cerca de 250 reféns, de acordo com contagens israelenses.
O ataque aconteceu depois que o chefe do grupo foi assassinado. Depois, os ataques israelenses em Gaza mataram mais de 40,9 mil palestinos, segundo o ministério da saúde da Faixa.
Os dois lados em conflito se culpam mutuamente por até agora falharem em alcançar um cessar-fogo, que também resultaria na libertação de reféns.
Fonte G1 Brasília