Embaixadores relataram que sentiram mudança de estratégia de auxiliares e ministros do presidente Jair Bolsonaro após as críticas e reações institucionais aos ataques infundados ao sistema eleitoral brasileiro na reunião do dia 18 de julho.
De acordo com os diplomatas, as autoridades do governo não falam mais sobre urnas nos encontros oficiais. Antes, dizem eles, era comum haver uma longa parte dedicada à desinformação sobre as urnas nessas reuniões, mesmo que a pauta original não fosse essa.
?Era, inclusive, usual alertarmos previamente a integrantes do Ministério das Relações Exteriores do nosso país que ministros do governo brasileiro iriam mentir sobre as urnas. Eu avisava que tínhamos que ignorar, porque o sistema eleitoral daqui é confiável e seguro, e que se tratava de uma narrativa do presidente?, relatou um embaixador.
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Nas duas ultimas reuniões após o encontro do dia 18 de julho, relatam eles, nada se falou sobre as urnas. ?O que presenciávamos antes já não acontece mais?, disseram.
Perguntados se eles interpretavam isso como uma trégua definitiva, os embaixadores disseram que é um bom sinal mas que não dá para prever o comportamento do presidente. E afirmaram que torcem para que seja uma mudança real, ?pelo bem do Brasil e pela tranquilidade das eleições?.
O Ministério Público eleitoral pediu para multar o presidente por propaganda antecipada devido à reunião com os embaixadores. A defesa do presidente negou propaganda antecipada e disse que se tratava somente de ?opinião política?.
Caberá ao TSE decidir sobre a multa e também sobre pedido para retirar do ar o vídeo da reunião com embaixadores.
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Fonte G1 Brasília