O deputado estadual e presidente do PT em Mato Grosso, Valdir Barranco, alfinetou o senador bolsonarista Wellington Fagundes (PL) – que busca sua reeleição – e enfatizou novamente a continuidade do nome do deputado federal Neri Geller (PP) na disputa ao Senado pelo grupo de esquerda.
De acordo com o petista, é inconcebível que um candidato [Fagundes] queira estar na disputa sozinho e garantiu que mesmo diante da cassação do mandato do progressista, o grupo segue “de cabeça erguida”.
“Qualquer decisão que caiba recurso, não tem ninguém que deva deixar de concorrer. Em um país democrático, é inconcebível que nós tenhamos um candidato do outro lado que ele pense que não pode ter uma um oponente contraditório, que ele tenha que ser sozinho […] De cabeça erguida, agora sim nós estamos com muito mais vontade e disposição de fazer a luta, cada uma e cada um desse estado vai se multiplicar por 10 e nós vamos vencer essas eleições”, disse Barranco, nesta quarta-feira (24).
Ao falar sobre os nomes que compõem o Senado pelo grupo, Barranco avaliou que a chapa petista “é a melhor para representar Mato Grosso”.
“Nós temos uma chapa absolutamente representativa, por isso nós estamos juntos, nós sabemos que essa é a melhor chapa para representar Mato Grosso”, reiterou.
Cassação de Neri
Geller (PP), teve seu mandato de deputado federal cassado nesta terça-feira (23) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e conforme a decisão, ficou inelegível por 8 anos.
O progressita respondia por abuso de poder econômico, referente às eleições de 2018, quando foi eleito ao Congresso.
A ação estava sob a relatoria do ministro Mauro Luiz Campbell, e foi seguida por unanimidade.
“No mérito, por unanimidade deu parcial provimento ao recurso ordinário eleitoral para determinar a cassação do diploma do recorrido, Neri Geller, bem como a declaração de sua inelegibilidade pelo período de 8 anos, subsequente ao período de 2018, nos termos do voto do relator”, diz trecho da decisão.
Campbell ainda pontuou que a inelegibilidade já passa a valer mesmo antes da publicação do acórdão. Neri ainda terá o direito de recorrer da decisão que o tornou inelegível.
No processo, o Ministério Público, argumentou que o Progressista havia realizado doações na campanha de 2018, que totalizaram mais de R$ 1,3 milhão em favor de 11 candidatos que concorreram ao cargo de deputado estadual. E durante sua própria campanha, seus gastos chegaram a R$ 2,4 milhões. Ao somar as doações e o custo de sua campanha, ultrapassaram o limite, que à época, era de R$ 2,5 milhões para cada deputado federal.
Neri é o candidato da esquerda, apoiado por PT, PV e PCdoB. Além de PP [seu próprio partido], PSD, Solidariedade e parte do MDB.
Fonte: Isso É Notícia