Policiais penais que atuam na Penitenciária Central do Estado (PCE) paralisaram as atividades por algumas horas na quarta-feira (25), para alertar o Governo sobre o baixo efetivo operacional dentro da unidade, além da falta de equipamentos utilizados no dia a dia de trabalho dos policiais penais.
“Estamos à mercê de uma tragédia, os servidores estão correndo risco de vida. Tem plantão em que contamos com apenas três policiais penais para trabalhar na contenção da maior penitenciária do Estado. É uma situação de extremo risco e que há meses estamos alertando as autoridades para isso”, desabafou o presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado, Amaury Neves.
“Até agora nenhuma medida foi tomada para acabar com essa situação que revela a fragilidade da segurança pública e traz riscos à vida dos servidores. É um assunto que a nossa gestão vem tratando desde o começo do ano. Já nos reunimos com o Judiciário, com a Secretaria de Estado de Segurança Pública e nada mudou”, emendou o sindicalista.
Segundo o sindicato, a PCE abriga aproximadamente 2,5 mil reeducandos, com detentos de alta periculosidade e integrantes de facções criminosas. Em razão de reformas, os procedimentos de segurança em relação aos detentos ficaram limitados, o que pode ocasionar fugas e até mesmo a prática de atividades ilícitas.
Outro problema relatado pelo sindicato é a falta de equipamentos utilizados pelos policiais penais durante o plantão, para comunicação entre os servidores, por exemplo. O número de rádios HT, que são os comunicadores portáteis utilizados pelos servidores dentro da unidade, é insuficiente e costuma apresentar problemas, além de sua frequência sofrer interferência dos bloqueadores de sinal de drones, o interrompe a comunicação entre os servidores.
Os profissionais suspenderam a paralisação, inicialmente prevista para quatro dias, e aguardam uma resposta dos pleitos por parte do Estado. A depender do cenário, as atividades poderão ser suspensas novamente a partir de sábado (28).
FONTE: GESP NEWS