REDES SOCIAIS

24°C

Barroso diz que recebeu ofertas de exílio após ataques golpistas em 2022

Share on facebook
Share on twitter
Share on telegram
Share on whatsapp
Share on email

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luis Roberto Barroso, disse em entrevista à GloboNews na noite desta terça-feira (18) que recebeu ofertas de exílio em outros países após ataques golpistas no Brasil em 2022.

Barroso disse que suas ligações com o mundo acadêmico propiciaram essas ofertas. Mas o ministro relatou que não aceitou, porque não considera viver fora do Brasil.

“Com o golpe de Estado, provavelmente, eu também não estaria mais aqui. Eu mesmo recebi, em algum momento ? eu tenho ligações acadêmicas, internacionais ?, eu recebi duas ou três ofertas de exílio, se eu precisasse, para você ter uma ideia”, afirmou o ministro.

Segundo o ministro, esses convites ocorreram antes mesmo do 8 de janeiro de 2023, quando houve um ataque de golpistas às sedes dos três poderes da República. Ele listou contatos que recebeu das universidade de Princeton e Harvard, nos Estados Unidos, e da Universidade Católica de Lisboa.

Barroso contou que os convites eram na linha: “Se precisar, tem lugar para você aqui”.

“E eu não consigo, eu já vivi fora do Brasil, mas o meu coração mora aqui, não tenho vontade de ir embora, não. Mas se tivesse passado o golpe, é muito possível que a gente não estivesse aqui”, completou.

window.PLAYER_AB_ENV = “prod”

No STF, corre um inquérito que investiga os planos de golpe de Estado, que tentaram impedir a posse do presidente Lula em favor do ex-presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas eleições de 2022. Bolsonaro é um dos investigado.

Nesta semana, o STF recusou um pedido da defesa do ex-presidente de tirar o ministro Alexandre de Moraes da relatoria do caso. A defesa entende que Moraes tem envolvimento pessoal no caso, uma vez que as investigações apontam ameaças de morte ao ministro.

Barroso entende que Moraes não há impedimento para Moraes comandar o inquérito. Isso porque, segundo o presidente do STF, quem esteve sob ameaça é a instituição, e não um ministro específico. Barroso também citou que as investigações apontam para uma tentativa de assassinato de Lula e do vice, Geraldo Alckmin.

“Isso não era um atentado pessoal contra eles, era um atentado contra as instituições. Quer dizer, tirar três pessoas do caminho que eles achavam que atrapalhariam o projeto golpista”, afirmou.

Julgamento sobre aborto

O ministro voltou a dizer, como tem feito recentemente, que não está nos planos do STF voltar a discutir em 2025 as possibilidades legais de aborto no país.

De acordo com ele, o tema ainda não está maduro na sociedade.

“Quanto à questão do aborto, interrupção da gestação, eu tenho dificuldade de levar essa questão porque acho que o debate não está maduro. É o único tema que eu tenho dificuldade”, afirmou.

Hoje, o aborto não é considerado crime em três casos: se o feto for anencéfalo, se a gravidez for de risco para a vida da mãe e se a gravidez for consequência de estupro.

Mas um julgamento iniciado no STF debate se é constitucional descriminalizar o aborto em todas em mais circunstâncias.

Fonte G1 Brasília

VÍDEOS EM DESTAQUE

ÚLTIMAS NOTÍCIAS