O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será o anfitrião nos próximos dias 18 e 19, no Rio de Janeiro, da cúpula do G20 que reunirá chefes de Estado e de governo das principais economias do mundo.
Segundo levantamento da GloboNews e do g1, a maior parte dos líderes dos 19 países do grupo deve comparecer à reunião.
Veja nesta reportagem:
Quem vem
- Joe Biden (Estados Unidos)
- Xi Jinping (China)
- Cyril Ramaphosa (África do Sul)
- Claudia Sheinbaum (México)
Biden e Xi Jinping são os presidentes das duas maiores potências mundiais e confirmaram presença oficialmente (leia mais aqui).
O presidente da África do Sul também irá ao Rio, onde Cyril Ramaphosa receberá de Lula a presidência rotativa do bloco.
A nova presidente do México, Claudia Sheinbaum, informou que estará na cúpula, que marcará sua primeira viagem internacional na função.
Quem ainda não confirmou
Ainda não fizeram a confirmação oficial, mas devem participar da cúpula do G20 no Rio:
- Javier Milei (presidente da Argentina),
- Emmanuel Macron (presidente da França)
- Recep Erdo?an (presidente da Turquia)
- Olaf Scholz (primeiro-ministro da Alemanha)
- Giorgia Meloni (primeira-ministra da Itália)
- Narendra Modi (primeiro-ministro da Índia)
- Shigeru Ishiba (primeiro-ministro do Japão)
- Keir Starmer (primeiro-ministro do Reino Unido)
Quem não vem
- Vladimir Putin (Rússia)
A principal ausência será a do presidente da Rússia, Vladimir Putin, em razão das consequências da guerra provocada após invadir o território ucraniano, há quase três anos.
Putin anunciou a decisão em outubro, após o procurador-geral da Ucrânia pedir às autoridades brasileiras que cumprissem o mandado de prisão expedido pelo Tribunal Penal Internacional em março de 2023, caso ele fosse ao evento.
G20
O G20 reúne as principais economias do mundo, além de dois blocos econômicos (União Europeia e União Africana). O Brasil comanda o G20 neste ano e definiu três eixos centrais de discussão:
- Inclusão social e combate à fome e à pobreza;
- Transição energética e desenvolvimento sustentável;
- Reforma da governança global.
Além da cúpula de líderes do G20, o Rio de Janeiro também vai sediar a partir da próxima semana o chamado G20 Social, iniciativa do governo brasileiro para discutir, entre outros pontos, o combate à fome e à miséria.
Lula aproveitará o encontro de líderes para o lançamento formal e a busca por adesões à Aliança Global Contra a Fome, uma iniciativa para financiar projetos que reduzam a desigualdade pelo mundo.
Despedida de Biden
Biden fará sua primeira e única viagem ao Brasil como presidente dos Estados Unidos. O último presidente americano a visitar o país foi Barack Obama em 2011.
A Cúpula do G20 ocorre a cerca de dois meses do fim do mandato de Biden. Ele desistiu de disputar a reeleição e apoiou a candidatura de Kamala Harris, derrotada por Donald Trump, que reassume a Casa Branca em janeiro de 2025.
Biden cumprirá agenda no Brasil entre os dias 17 e 19 de novembro. Segundo comunicado oficial, ele terá compromissos em Manaus – onde se reunirá com indígenas e lideranças locais para discutir a preservação do meio ambiente – e no Rio de Janeiro – onde participará da cúpula do G20.
Xi Jinping em Brasília
O presidente da China, Xi Jinping, estará no Rio de Janeiro para participar do G20 e, no dia 20, irá a Brasília para uma agenda de trabalho com Lula.
Esta será a primeira visita de Estado do líder chinês ao Brasil desde que Lula tomou posse para o terceiro mandato – em abril do ano passado, o presidente brasileiro esteve em Pequim.
A China é o principal parceiro comercial do Brasil, à frente do EUA, e negocia com o governo brasileiro investimentos em infraestrutura.
Javier Milei
Adversário político e crítico de Lula, o presidente da Argentina, Javier Milei, confirmou participação na cúpula do G20, segundo fontes na diplomacia argentina.
Não há, por ora, previsão de uma reunião reservada entre Milei e Lula ao longo da cúpula do G2. Durante a campanha em 2023, o então candidato se referiu a Lula como “corrupto”, por exemplo.
Milei veio ao Brasil neste ano, quando foi a Santa Catarina para participar da Conferência da Ação Política Conservadora (CPAC), porém não teve agendas com autoridades do governo federal.
Fonte G1 Brasília