O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros 13 convocados a prestar depoimento à Polícia Federal recorreram ao direito constitucional de ficar em silêncio e não responderam a perguntas de investigadores, que apuram suposta tentativa de golpe de Estado.
Entre os depoentes que ficaram calados, estão o ex-ministro da Casa Civil e candidato a vice na chapa do PL em 2022, Walter Souza Braga Netto; e os ex-comandantes da Marinha, almirante Almir Garnier Santos, e do Exército, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira.
Também permaneceram em silêncio o ex-assessor da Presidência Felipe Garcia Martins e Marcelo Costa Câmara. O advogado Amauri Feres Saad foi outro que optou por não responder a perguntas.
As informações de que esses depoentes permaneceram em silêncio estão em um conjunto de documentos do inquérito que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado arquitetada durante o governo Jair Bolsonaro.
Nesta sexta-feira (15), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou o sigilo desses documentos.
As falas dos depoentes eram mantidas em sigilo até esta sexta, mas trechos já tinham sido divulgados pela imprensa. Por exemplo, aqueles em que o ex-comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, relatou reuniões em que Bolsonaro teria tratado da chamada “minuta do golpe”.
Veja a lista completa dos convocados que ficaram em silêncio:
- Ailton Gonçalves Moraes Barros
- Almir Garnier Santos
- Amauri Feres Saad
- Angelo Martins Denicoli
- Felipe Garcia Martins Pereira
- Helio Ferreira Lima
- Jair Messias Bolsonaro
- José Eduardo de Oliveira e Silva
- Marcelo Costa Câmara
- Mario Fernandes
- Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira
- Rafael Martins de Oliveira
- Walter Souza Braga Netto
- Ronald Ferreira de Araujo Junior
Fonte G1 Brasília