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Bolsonaro cancela jantar com empresários em São Paulo no dia 11 de agosto

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Além de ser aconselhado a não comparecer a evento da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o presidente Jair Bolsonaro decidiu cancelar um jantar com empresários agendado também para o dia 11 de agosto, em São Paulo. Segundo assessores presidenciais, Bolsonaro acatou os pedidos de alguns empresários que também pediram o cancelamento do jantar.

O motivo do cancelamento, segundo interlocutores do presidente da República, foi evitar uma saia justa para os empresários que comparecessem ao jantar, porque eles poderiam ser classificados de representantes do setor privado que apoiam Bolsonaro em suas críticas ao sistema eleitoral e aos manifestos em defesa da democracia.


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O jantar estava sendo organizado pelo Grupo Esfera, uma instituição apartidária que organiza eventos com empresários e tem realizado jantares com candidatos à Presidência da República. Por sinal, a Fiesp tem destacado também que atua como uma entidade apartidária e que seu manifesto em defesa da democracia não é um ato contra Bolsonaro, como ele tem dito em entrevistas.

Segundo interlocutores, a reunião na Fiesp acabaria se transformando também num ?constrangimento? para o presidente, já que ele tem criticado as cartas em defesa da democracia que serão divulgadas, inclusive, no dia em que ele estaria na entidade. Além disso, há um receio de que Bolsonaro seja alvo de protestos em São Paulo neste dia.

Nesta terça-feira (02), Bolsonaro voltou, em entrevista, a criticar os manifestos em defesa da democracia. Questionado se assinaria a carta que foi elaborada pela Fiesp, o presidente não confirmou que seria signatário do documento e criticou a iniciativa: ?Essa carta é política, não preciso dizer se sou democrático ou não?, afirmou. Ele chegou a classificar de ?cara de pau? e ?sem caráter? o empresários que está assinando o documento.

No evento da Fiesp, Bolsonaro seria convidado a assinar o manifesto em defesa da democracia, que não cita em nenhum momento o nome do presidente da República, como tem feito com outros candidatos que estão comparecendo ao evento da entidade Diretrizes Prioritárias para 2023 e 2026. Já estiveram no evento e assinaram o documento os candidatos Felipe D?Ávila (Novo), Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB).

Bolsonaro havia confirmado presença na reunião da Fiesp e solicitado que a sua data fosse antecipada para 11 de agosto, no mesmo dia em que a Faculdade de Direito da USP e a Fiesp programaram a divulgação oficial dos manifestos. Agora, uma ala do governo está aconselhando que ele cancele a ida ao evento da Fiesp.

Presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, filho do vice-presidente José Alencar Gomes da Silva, nos dois mandatos de Lula, decidiu lançar o documento e submeteu a ideia à diretoria da entidade, obtendo o apoio dos colegas, sem que ninguém se colocasse contra, apesar de na federação haver empresários que apoiam o presidente.

A interlocutores, Josué Gomes tem insistido que o documento da entidade não é um ato político contra o presidente da República, Jair Bolsonaro, mas em defesa da democracia e fortalecimento das instituições democráticas brasileiras. Em entrevistas, Bolsonaro classificou os manifestos de cartinha e chegou a citar o nome do presidente da Fiesp. ?Eu não entendi essa nota, que foi patrocinada pelo querido filho do vice do ex-presidente Lula, seu Josué Gomes da Silva. É uma nota política em ano eleitoral?, afirmou.

Segundo interlocutores de Bolsonaro, ele e sua equipe estão entrando em contato com empresários bolsonaristas para tentar evitar que a Fiesp divulgue o documento. Para eles, com esses movimentos o presidente acaba dando uma repercussão cada vez maior para os manifestos que serão divulgados no dia 11 de agosto.

Fonte G1 Brasília

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