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Bolsonaro não pode usar ‘lives’ no Alvorada para promover a própria campanha, decide ministro do TSE

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O ministro Benedito Gonçalves, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), decidiu neste sábado (24) proibir o presidente Jair Bolsonaro de usar as transmissões ao vivo no Palácio da Alvorada para promover a própria candidatura à reeleição e manifestar apoio a candidatos aliados.

No último dia 21, Bolsonaro afirmou durante uma “live” na biblioteca do palácio que faria “horário eleitoral gratuito” e pediu votos para candidatos aliados dele em estados como Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, informando os nomes desses candidatos e os respectivos números nas urnas.

O PDT, então, acionou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Conforme o processo, o partido, que tem o ex-ministro Ciro Gomes como candidato a presidente, argumentou que as “lives” foram “notoriamente” adotadas por Bolsonaro para fazer a comunicação institucional do governo, de modo que, acrescenta o PDT, ” ao afastar-se desse objetivo e promover candidaturas, já se tem o desvio de finalidade vedado pela legislação eleitoral”.

A decisão do ministro

Ao analisar o caso, o ministro Benedito Gonçalves escreveu:

“Defiro o requerimento liminar, para conceder a tutela inibitória antecipada e determinar: a intimação do primeiro investigado para que se abstenha de gravar e transmitir lives de cunho eleitoral, destinadas a promover a sua candidatura ou de terceiros, utilizando-se de bens e serviços públicos a que somente tem acesso em função de seu cargo de Presidente da República, inclusive o Palácio da Alvorada, o Palácio do Planalto e serviços de tradução de libras custeado pelo Erário.”

Pela decisão do ministro, se a decisão for descumprida, estará sujeita a multa de R$ 20 mil. Benedito Gonçalves também decidiu que o tema deverá ser analisado pelo plenário do TSE.

Para Benedito Gonçalves, os elementos apresentados ao processo são “suficientes” para concluir que o acesso a bens e serviços públicos assegurado a Bolsonaro “por força do cargo de chefe de governo” foi utilizado “em proveito de sua campanha e de candidatos por ele apoiados”.

Fonte G1 Brasília

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