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Brasil quer dar novos passos na crise venezuelana em conjunto com Colômbia e México

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Diante da relutância do governo em Venezuela de divulgar as atas eleitorais para confirmar o resultado final das eleições, o governo Lula quer dar novos passos na abordagem da crise instaurada na política venezuelana ? em conjunto com Colômbia e México.

O presidente Lula não quer falar sozinho, neste momento, com o presidente Nicolás Maduro. Prefere reuniões conjuntas com os chefes de governo da Colômbia, Gustavo Petro, e do México, López Obrador.

O mesmo deve acontecer caso se decida enviar uma missão a Caracas, capital da Venezuela, para negociar os próximos passos da política local. O Brasil espera que os chanceleres dos três países (Brasil, Colômbia e México) viajem juntos.

Essas nações, vistas como possíveis negociadoras, vêm defendendo uma divulgação detalhada das atas eleitorais, com os dados desagregados por local de votação, para confirmar oficialmente o resultado das eleições no país vizinho.

Até aqui, nenhum dos três presidentes reconheceu a reeleição de Maduro e nem cravou denúncia de possível fraude.

Sem apresentar os documentos eleitorais, o Conselho Nacional Eleitoral divulgou por duas vezes que o vencedor da eleição foi Nicolás Maduro ? que, como presidente atual, controla o órgão eleitoral na Venezuela.

A oposição, por sua vez, disse que dados reunidos a partir de 80% das urnas indicam que o vencedor foi Edmundo González.

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Lula e Boric se reúnem

Em meio à crise na Venezuela, na qual o Brasil busca atuar como mediador, o presidente Lula visita nesta segunda-feira (5) o presidente do Chile, Gabriel Boric.

  • Lula evita criticar Maduro, mas ainda não reconheceu a vitória de Nicolás Maduro e exige a divulgação das atas eleitorais.
  • Boric já criticou posições de Lula a favor de Maduro ? e tem uma posição mais crítica em relação às eleições na Venezuela, dizendo “ser difícil de acreditar na vitória” de Maduro.

Apesar das posições diferentes, os dois devem tentar fechar um discurso igual na cobrança das atas eleitorais.

Nos bastidores, o governo brasileiro não acredita nessa divulgação. Ou seja: avalia que terá de conviver com um regime contestado liderado por Maduro no país vizinho.

Enquanto está no Chile, Lula segue postergando sua conversa com Nicolás Maduro ? solicitada na semana passada pelo ditador venezuelano.

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Fonte G1 Brasília

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