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Caminhoneiros relatam que foram obrigados a fazer bloqueios ou que estão presos no congestionamento

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Em redes sociais, caminheiros que estão em pontos de bloqueios ilegais em rodovias do país relatam que foram obrigados por seus patrões a participar dos atos. Alguns também afirmam que não fazem parte do movimento e estão apenas presos no congestionamento gerado.

Confederação de caminhoneiros diz que não existe paralisação da categoria, mas sim de “grupos armados” que não aceitam o resultado das eleições (leia abaixo)

Apesar dos apelos das autoridades paulistas, o estado de São Paulo ainda tem pelo menos 18 trechos de rodovias totalmente interditados nesta quarta-feira (2) por grupos bolsonaristas que não aceitam o resultado das eleições, segundo o último balanço divulgado pela Polícia Militar.

Ao g1, a esposa de um caminhoneiro, que pediu para não ser identificada, confirmou que o marido foi obrigado a aderir mesmo após votar em Lula (PT). Ela também afirmou que mesmo assim ele foi demitido.

“Meu pai está passando por isso em Água Boa (MT) na BR-158. A PRF não toma nenhuma atitude”, diz um comentário em um vídeo no TikTok que relata uma situação parecida.

“O meu marido também está na estrada obrigado”, conta outra usuária da rede social.

O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mario Sarrubbo, classificou como “organização criminosa” os responsáveis pelos bloqueios bolsonaristas que estão sendo realizados nas rodovias do estado de São Paulo.

Sarrubbo afirmou ainda que investigações preliminares apontam que empresários estariam financiando os atos antidemocráticos.

Veja abaixo alguns relatos:

Trechos liberados

De acordo com as autoridades, 137 trechos estão com liberação parcial no estado de São Paulo. A Tropa de Choque da Polícia Militar foi acionada novamente nesta quarta para fazer a desobstrução das vias.

Até agora, 147 vias foram liberadas, mas cerca de 100 ainda estão por liberar, de acordo com a pasta.

Dos 147 pontos desbloqueados, sete foram na capital paulista, 19 na Grande São Paulo e 121 no interior do estado, segundo a secretaria.


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O que diz o sindicato e a SSP

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL) afirma que “não existe paralisação de caminhoneiros”.

“Quem está desrespeitando a Lei e impedindo o direito de ir e vir dos cidadãos e o trabalho dos caminhoneiros são grupos armados que não aceitam o resultado democrático e soberano das urnas”, afirma instituição em comunicado.

“Esses grupos defendem a intervenção militar e volta da ditadura, pautas antidemocráticas que ferem à nossa Constituição, o direito de expressão e a liberdade individual.”

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública de SP, existem caminhoneiros que querem participar do protesto e travam a estrada, tem caminhoneiros que estão ali só porque não conseguem passar, e há ainda baderneiros golpistas que pedem intervenção militar e fecham trechos de estradas e também protestaram na região do Ibirapuera.

Fonte G1 Brasília

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