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Candidato a PGR, procurador quer concluir processos graves dos ataques golpistas até o fim da gestão Aras

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O subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, responsável pelos inquéritos dos ataques golpistas de 8 de janeiro, quer concluir os processos considerados graves até o fim da gestão do procurador-Geral da República, Augusto Aras.

Frederico é candidato à sucessão do PGR e os defensores da sua indicação destacam a condução das investigações sobre os atos antidemocráticos como forma de avaliar sua postura para o cargo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já deixou claro que não se sentirá preso à lista tríplice elaborada pela categoria e que terá uma escolha pragmática.

São considerados graves os processos do núcleo dos executores dos ataques, ou seja, os cerca de 240 que promoveram a quebradeira nas sedes dos Três Poderes. Isso porque os crimes pelos quais eles podem responder possuem penas mais altas. Os outros núcleos são o dos financiadores, dos incitadores e o das autoridades públicas.

Nesta segunda-feira (7), Frederico apresentou as alegações finais para 40 denunciados desse núcleo. O subprocurador-geral pede que respondam por crimes como associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, além dano qualificado pela violência e grave ameaça com emprego de substância inflamável contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo à vítima. Caso sejam condenados, podem receber penas que somam 30 anos de prisão.

Fontes na PGR acreditam que todos os processos referentes aos executores podem ser concluídos, ou seja, julgados, até o final deste mês. Todos já estão na fase de alegações finais.

Com isso, Carlos Frederico consegue entregar parte considerável antes de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva bater o martelo sobre quem sucederá Aras. O mandato do PGR termina em setembro.

No programa “Conversa com o presidente”, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ter perdido a confiança no Ministério Público durante a Lava Jato e que escolherá alguém que não faça “denúncia falsa”. “Eu vou escolher a pessoa que eu achar que é melhor para o interesse do Brasil. Se der errado, paciência”, ponderou.

Fonte G1 Brasília

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