O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), disse nesta segunda-feira (16), em entrevista ao programa Roda Viva (TV Cultura), que candidatos não podem cruzar a “linha amarela” que separa o discurso eleitoral do estado de direito.
Pacheco deu a declaração após ter sido questionado sobre os ataques do presidente Jair Bolsonaro às urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral.
No ano passado, após três anos falando em “fraudes eleitorais”, Bolsonaro chamou a imprensa ao Palácio da Alvorada para dizer que apresentaria provas das supostas falhas nas urnas, no entanto, durante a transmissão ele admitiu não ter comprovação das acusações. Após a live, Bolsonaro foi incluído como investigado no inquérito das fake news.
“O que nós estamos estabelecendo é que os candidatos têm todo direito de discutir ideias, de pontuar suas propostas e criticar propostas dos outros, isso faz parte do processo democrático e da legitimidade de um processo eleitoral […] mas há uma linha amarela pintada no chão que os candidatos, nenhum deles, pode atravessar e essa linha amarela separa o estado de direito desse discurso político eleitoral”, disse Pacheco.
O presidente do Senado disse ainda que “todo e qualquer ataque mínimo que seja em relação a democracia, a regularidade e a periodicidade de eleições merecerá do Senado, como tem merecido, essa pronta reação”.
Pacheco disse ainda que as eleições de 2022 irão acontecer e que as urnas eram motivo de orgulho até começarem a ser alvo de ataques “sem fundamento, sem razoabilidade, sem lastro nenhum, nem prova”.
“Haverá eleições esse ano. Uma eleição periódica através do voto direto e secreto dos eleitores e através das urnas eletrônicas, que foi uma opção feita pelo Brasil, que até pouco tempo era um motivo de orgulho nacional por todos, e em razão de alguns ataques que foram feitos absolutamente sem fundamento, sem razoabilidade, sem lastro nenhum, nem prova, vem questionando a lisura do sistema eleitoral através do processo eletrônico”, disse o presidente do Senado.
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Fonte G1 Brasília