REDES SOCIAIS

40°C

Ciro Nogueira e Paulo Guedes se reúnem com ministros do TCU para discutir transição de governo

Share on facebook
Share on twitter
Share on telegram
Share on whatsapp
Share on email

Os ministros da Casa Civil, Ciro Nogueira, e da Economia, Paulo Guedes, chegaram ao Tribunal de Contas da União (TCU) nesta quinta-feira (3) para tratar do processo de transição para o governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

Neste ano, o TCU fará um acompanhamento por meio de um comitê, criado através de uma ordem de serviço assinada pelo ministro Bruno Dantas, presidente em exercício da corte, na segunda-feira. Integrarão o comitê, além de Dantas, os ministros Vital do Rêgo, Jorge Oliveira e Antonio Anastasia.

O prazo de funcionamento do comitê será de 90 dias. A função será acompanhar todos os atos da transição, o compartilhamento de informações e analisar eventuais reclamações de sonegação de informações por parte do atual governo.

Um processo também foi aberto para acompanhar e consolidar os resultados do trabalho do comitê. O processo será relatado pelo ministro Antônio Anastasia.

Em nota, Dantas afirmou que o TCU tem “larga tradição na fiscalização do cumprimento da lei”. “O arcabouço normativo que fixa padrão civilizado para a transição de governos no saudável rito periódico de alternância de poder é um patrimônio da democracia brasileira e merece o máximo de atenção de todas as instituições”, disse.

Nesta terça-feira (1), o presidente Jair Bolsonaro (PL) fez o primeiro pronunciamento após perder a eleição. Bolsonaro leu um discurso curto, de dois minutos, em que disse que continuará cumprindo a Constituição. Depois, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, afirmou que dará início à transição de governo.

Transição é prevista em lei

Presidente eleito, Lula terá direito a uma equipe de transição para os próximos dois meses. As regras para o processo de transição estão listadas na Lei 10.609/2002 e no Decreto 7.221/2010.

A “equipe de transição” terá a missão de se inteirar do funcionamento dos órgãos e entidades da administração pública federal ? e preparar os primeiros atos do novo governo, geralmente editados já no primeiro dia do ano.

Para isso, a equipe do atual governo tem que colaborar fornecendo informações. O TCU vai acompanhar justamente esse processo. Em último caso, um interlocutor da Corte lembra que os atuais gestores públicos podem ser responsabilizados, via CPF, caso dificultem o trabalho da transição.

Porém, a expectativa dos ministros do TCU é que a transição seja “tranquila” e “harmoniosa”. “As autoridades que compõem o poder Executivo têm a plena consciência de que o Brasil é um país com uma democracia sólida, uma democracia robusta, com instituições que cumprem as suas atribuições e competências constitucionais e legais”, afirmou Dantas nesta terça-feira (1º), durante sessão plenária.

“Não tenho dúvida alguma que essa transição se dará da maneira mais tranquila e harmoniosa possível”, completou.

O ministro Jorge Oliveira, que compôs o governo Bolsonaro antes de ser indicado ao TCU, elogiou a iniciativa inédita do tribunal e disse que o TCU pode somar ao trabalho de transição que será feito. “Não há qualquer receio que não tenhamos uma transição republicana. Mas, de fato, o Tribunal de Contas tem muito a contribuir com esse processo.”

A própria lei que estabelece a transição entre governos diz que os órgãos e entidades da administração pública federal “ficam obrigados a fornecer as informações solicitadas pelo Coordenador da equipe de transição, bem como a prestar-lhe o apoio técnico e administrativo necessários aos seus trabalhos”.

Fonte G1 Brasília

VÍDEOS EM DESTAQUE

ÚLTIMAS NOTÍCIAS