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Claudia Ribeiro promete estatizar empresas, zerar déficit de vagas em creches e conceder passe livre no transporte público

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Claudia Ribeiro, candidata do PSTU ao governo de Pernambuco, disse que, se for eleita, pretende conceder passe livre no transporte público para estudantes e desempregados, zerar o déficit de vagas em creches no estado e estatizar empresas como a Neoenergia, a Petroquímica de Suape, empresas de ônibus e do agronegócio no Sertão (veja vídeo acima). Ela foi a última a ser entrevistada pela apresentadora Clarissa Góes, na série do g1 que começou no dia 22 de agosto.

Veja acima a íntegra da entrevista.

Durante a entrevista, Claudia Ribeiro também defendeu a desmilitarização da Polícia Militar e a necessidade de eleição pela população dos delegados da Polícia Civil. Ela disse, também, que pretende criar um plano de obras públicas para reduzir o desemprego e déficit de moradias e, além disso, prometeu fazer investimentos na saúde preventiva.

A primeira entrevistada da série foi Marília Arraes (Solidariedade), seguida por Anderson Ferreira (PL), Danilo Cabral (PSB) e Raquel Lyra (PSDB). Eles tiveram 5% ou mais na pesquisa Ipec de 15 de agosto e, por isso, foram entrevistados ao vivo por Clarissa Góes, apresentadora do Bom Dia Pernambuco, direto do estúdio do g1, no Recife.

COMO FORAM AS OUTRAS ENTREVISTAS:

Os outros seis candidatos tiveram entrevistas de 20 minutos, gravadas sem corte, exibidas entre 29 de agosto e 3 de setembro. O primeiro foi Jadilson Bombeiro (PMB), seguido por Ubiracy Olímpio, João Arnaldo (PSOL), Jones Manoel (PCB), Pastor Wellington (PTB) e, por fim, Claudia Ribeiro (PSTU).

Veja, abaixo, todos os trechos da entrevista de Claudia Ribeiro ao g1:

Organizações sociais na saúde

Uma das propostas do plano de governo de Claudia Ribeiro é acabar com a gestão de unidades de saúde por organizações sociais (OSs) privadas. Atualmente, essas entidades são responsáveis pela gestão de 36 unidades de saude estaduais. ?A gente acha que a saúde é um direito e ela tem que ser garantida. Primeiro, [é importante] o fortalecimento do SUS. É fundamental isso, foi o SUS que garantiu que as pessoas tivessem acesso à vacinação [contra Covid]. As OS são um escoamento de dinheiro público. Quem garante toda a estrutura é o orçamento público, para ser administrada por uma iniciativa privada, e gerando lucro?, afirmou. Ela propôs que o estado administre todas as unidades, com o controle dos trabalhadores.

Descentralização de serviços

Claudia Ribeiro também foi questionada sobre como descentralizar os serviços médicos para diminuir a necessidade do transporte fora do domicílio (TFD). Ela disse que esse tipo de atendimento só acontece em Pernambuco porque não há investimento feito onde, de fato, precisa ser feito. ?Se você inverte a lógica, se tem mais investimento em saúde preventiva, você prevê que as pessoas tenham doenças que até ja deveriam ter sido erradicadas. Se você investe nos hospitais de grande atendimento, garante que as pessoas tenham direito à saude?, afirmou.

Zerar déficit de creches

A candidata também disse ser necessário garantir a abertura de novas vagas em creches públicas. Ela propõe zerar o déficit estadual. ?Não é possível que, num estado como Pernambuco, você tenha crianças fora da escola, crianças que não têm o direito de ter acesso a um lugar com segurança?, disse. Ela disse que a falta de vagas em creches faz com que mulheres não tenham onde deixar os filhos para procurar emprego e, assim, sofram dependência financeira e se submetam a situação de vulnerabilidade e violência. Ela criticou a destinação de verba para o Programa Universidade para Todos (Prouni), que oferta vagas em universidades particulares a estudantes de escolas públicas. ?Você reverte [o dinheiro] para a educação publica, você reverte para que as crianças que têm idade de serem assistidas tenham direito a ter um lugar seguro para ficar?, declarou.

Transporte público e passe livre

Claudia Ribeiro, no plano de governo, promete passe livre para estudantes e pessoas desempregadas. Atualmente, Pernambuco paga R$ 200 milhões por ano em subsídio para o sistema de transporte. Ela disse que, mesmo com a expansão do passe livre, não seria necessário aumentar o valor do subsídio. ?Como o direito de ir e vir num direito, ele não pode ser transformado em mercadoria para o lucro de um punhado de empresários, enquanto a população vive esse vexame. A gente entende que o transporte tem que ser estatizado. Se o governo destina esses milhões, pode estar sob a administração do estado e sob o controle de um conselho em que estejam contidos os trabalhadores do transporte e a população?, disse.

Gestão do metrô

Sobre os problemas do Metrô do Recife, ela afirmou ser contrária à estadualização do sistema, que atualmente é gerenciado pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), uma empresa federal. ?Houve um acordo entre o governo federal, o governo Bolsonaro, e o governo Paulo Câmara, nesse projeto de estadualização, que uma via de privatização do metrô. Isso não pode acontecer. O metrô é uma parte de um conjunto de garantir o direito ao ir e vir?, afirmou.

Estatizações

Outro ponto do plano de governo de Claudia Ribeiro é um pacote de estatizações, como da Neoenergia Pernambuco o, antiga Celpe; a Petroquímica de Suape; as empresas de ônibus e as do agronegócio da região do Vale do São Francisco, no Sertão de Pernambuco. Ela disse que, em todos esses casos, não seria necessário indenizar as empresas concessionárias desses serviços. ?Essas empresas já levaram muito dinheiro público, elas não têm que ser indenizadas. Já levaram muito, elas estão enriquecendo?, disse. Afirmou, ainda, ser favorável à taxação de grandes fortunas para que as pessoas mais pobres possam pagar menos impostos.

Desmilitarização da PM

A candidata também propõe a desmilitarização da Polícia Militar e a garantia do direito de greve para os soldados da corporação. Ela criticou o Pacto Pela Vida, política estadual em vigor desde 2006, quando foi criada pelo ex-governador Eduardo Campos (PSB), e disse que o programa não tem garantido a segurança da população pobre. ?A polícia tem que ser desmilitarizada, esse caráter de militarização repressivo da polícia. Entendemos que a polícia tem que ser única, unificada, e que, sim, esses trabalhadores têm o direito de se organizar, fazer greve, se mobilizar?, disse.

Eleição de delegados

Claudia Ribeiro também defende que os delegados da Polícia Civil sejam eleitos pela população dos bairros onde ficam as delegacias. Ela afirmou que o modelo seria semelhante às eleições de representantes de moradores. ?Que a população elegesse esses chefes e que, inclusive, o mandato deles fosse revogável, se eles não cumprissem as deliberações que aquela comunidade elegeu, que são das tarefas deles. O cargo dele teria que estar a serviço de atender as necessidades da comunidade?, declarou.

Assistência social

Sobre a política de assistência social em Pernambuco, Claudia Ribeiro criticou os índices de pobreza do estado e disse que a população tem direito de ter emprego, e que esse direito tem sido tolhido pelo capitalismo. Ela propõe criar um plano de obras públicas para absorver as pessoas desempregadas. As obras prioritárias seriam eleitas pelas comunidades, em conselhos deliberativos. ?A partir daí você construiria mais escolas, casas, você acabaria com o déficit de moradia, que hoje está em 320 mil unidades, tem milhares de pessoas que não tem onde morar?, disse.

Abastecimento de água e saneamento

Sobre a gestão da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), Claudia Ribeiro considerou um absurdo que, atualmente, mais da metade da população de Pernambuco não tenha esgoto tratado. ?Isso é parte de uma política do governo de deteriorar a Compesa exatamente para vendê-la, fazer como fez com a Celpe. E a gente está vendo o que significa a Celpe para a vida das pessoas. É preciso investir na Celpe, ela precisa ter investimentos e continuar sendo estatal, sob o controle da comunidade, dos trabalhadores?, declarou.

Entrevistados

A primeira entrevistada da série foi Marília Arraes (Solidariedade), seguida por Anderson Ferreira (PL), Danilo Cabral (PSB) e Raquel Lyra (PSDB). Eles tiveram 5% ou mais na pesquisa Ipec de 15 de agosto e, por isso, foram entrevistados ao vivo por Clarissa Góes, apresentadora do Bom Dia Pernambuco, direto do estúdio do g1, no Recife.

Os outros seis candidatos tiveram entrevistas de 20 minutos, gravadas sem corte, exibidas entre 29 de agosto e 3 de setembro. O primeiro foi Jadilson Bombeiro, seguido por Ubiracy Olímpio, João Arnaldo, Jones Manoel, Pastor Wellington e Claudia Ribeiro.

Todas as entrevistas estão disponíveis na íntegra, em vídeo, e em áudio, como episódio especial do podcast “g1 Eleições”.

A iniciativa do g1 de entrevistar em podcast os candidatos começou em junho, com a série do podcast “O Assunto”, apresentada pela jornalista Renata Lo Prete, com os postulantes à corrida presidencial.

Durante as entrevistas, os candidatos também responderam a perguntas do público.

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Fonte G1 Brasília

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