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Com bênção de Lula, Marta Suplicy volta ao PT nove anos depois para ser vice de Boulos em SP

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Marta Suplicy (PT) voltou ao Partido dos Trabalhadores nesta sexta-feira (2), quase nove anos após sua desfiliação da sigla. O retorno aconteceu com a bênção ? e assinatura ? do presidente Lula (PT) em um ato que reuniu diversos nomes da política brasileira, além de centenas de apoiadores que lotaram a Casa de Portugal, no Centro de São Paulo.

A refiliação ocorre porque Marta será candidata à vice-prefeita na chapa com Guilherme Boulos (PSOL), que tentará em outubro deste ano vencer a disputa pela prefeitura da capital. O ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT) e a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, também marcaram presença no evento.

O senador Eduardo Suplicy (PT), que chegou a se colocar como possibilidade de candidato a vice-prefeito, mudou de ideia e resolveu apoiar o nome da ex-mulher após uma conversa com Boulos: “O PT tem um histórico de prévias, e eu gostaria que elas acontecessem, mas aceitei que o partido pode ter Marta como candidata a vice. Meu compromisso é ajudar na vitória do Boulos”, afirmou.

Suplicy, inclusive, tocou suas famigeradas versões de “Blowing in the wind” e “Eu sei que vou te amar” na abertura do evento de filiação.

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, iniciou os discursos dizendo que São Paulo precisa reencontrar sua versão progressista e chegou a dizer que “Marta saiu do PT, mas o PT nunca saiu de Marta”.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também discursou durante a cerimônia de filiação.

Retorno decidido pelo diretório

O Diretório Municipal do PT em São Paulo decidiu pelo retorno de Marta no início do ano com duas votações, uma para a filiação da ex-prefeita e outra para a suspensão de prévias no partido. O resultado de ambas foi o mesmo: 12 votos “sim”, 1 “não”, uma abstenção e duas ausências.

Ela se desfiliou do PT em 2015, no auge da Operação Lava Jato, afirmando que a sigla tinha protagonizado ?um dos maiores escândalos de corrupção da nação brasileira?. Na época, Marta estava rompida com a então presidente Dilma Rousseff (PT) e votou a favor do impeachment dela no Senado, em 2016, mesmo tendo sido ministra da Cultura da gestão petista.

Até o dia 9 de janeiro, a petista era secretária das Relações Internacionais da gestão Ricardo Nunes (MDB), agora adversário político, já que o atual prefeito de São Paulo tentará a reeleição.

Almoço com Boulos

No dia 13 de janeiro, Boulos foi até o apartamento de Marta, na Alameda Franca, nos Jardins, bairro nobre da capital paulista, para um almoço simbólico. Preocupado com a resistência de parte da militância do PT e do PSOL ao nome da ex-prefeita, o psolista disse que levará a ex-prefeita a encontros com movimentos sociais. O almoço selou o anúncio a parceria entre eles nas eleições municipais de 2024.

Na saída, Boulos conversou com os jornalistas e afirmou que o PT vai definir a chapa e que Marta agrega muito ao projeto.

“Feita a filiação no Partido dos Trabalhadores, eu vou levá-la para um encontro com os movimentos sociais da cidade de São Paulo para que tenha essa reconexão da Marta de volta ao PT e retome sua relação com movimentos sociais, provavelmente já em fevereiro, um encontro nosso com os movimentos sociais”, disse ele na ocasião.

“As diferenças políticas, críticas que fiz a ela, que ela fez a mim, isso só mostra que é uma aliança que amplia, não é uma aliança de duas pessoas que pensam da mesma forma. Já tivemos divergências, como, inclusive na eleição passada, vários partidos que hoje estão conosco eram adversários”, completou.

Fonte G1 Brasília

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