Os combates no leste da Ucrânia atingiram sua “intensidade máxima” nesta quinta-feira (26), disseram autoridades do país, que continuam exigindo mais armas dos países ocidentais para combater os invasores russos.
Mais cedo, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e seu ministro das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, descreveram a superioridade das forças russas no Donbass, no leste do país, onde a ofensiva russa está agora concentrada, e pediram mais apoio militar aos países ocidentais.
“O inimigo é claramente superior em termos de equipamento e número de soldados” no Donbass, disse Zelensky. “Precisamos da ajuda de nossos parceiros e especialmente de armas.”
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Os combates no leste do país e atingiram sua “intensidade máxima”, segundo a vice-ministra da Defesa ucraniana, Ganna Malyar, que alertou para uma fase “extremamente difícil” e “longa” do confronto.
Depois de não conseguirem controlar Kiev, as forças russas estão se concentrando no leste da Ucrânia, já parcialmente sob o controle dos separatistas apoiados pela Rússia desde 2014.
O exército russo agora tenta controlar a cidade de Severodonetsk, que tinha cerca de 100.000 habitantes antes da guerra. A cidade é fundamental para o controle total sobre o Donbass.
De acordo com Kuleba, “algumas cidades e vilarejos não existem mais” na região, que está sob forte bombardeio há dias.
“Foram reduzidos a ruínas pela artilharia russa, pelos sistemas russos de foguetes de lançamento múltiplo”, disse o ministro, acrescentando que esses são precisamente o tipo de armas que seu país precisa agora.
Segundo Sergei Haidai, governador da província de Lugansk, que fica na região do Donbass, a situação “é muito difícil” e “a próxima semana será decisiva”.
O governador informou que cerca de 15.000 pessoas permanecem em Severodonetsk e cidades vizinhas, e a maioria não quer sair apesar dos bombardeios incessantes.
“A tarefa é extremamente difícil na região de Lugansk porque tivemos três meses sob ataques constantes, bombardeios constantes e, agora, todas as forças russas estão posicionadas aqui e temos que conter essa horda”, disse hoje Haidai num vídeo publicado na rede social Telegram.
“Lentamente, os nossos homens estão se retirando para posições mais fortificadas. É muito difícil para os nossos homens [soldados ucranianos]. Extremamente difícil. Mas estão aguentando”, acrescentou Haidai.
Na cidade de Lisitchansk, a polícia assumiu o controle dos serviços funerários para enterrar os mortos, disse Haidai. Pelo menos 150 pessoas tiveram que ser enterradas em uma vala comum, segundo Haidai.
Fonte G1 Brasília