Gabriel Galípolo foi o escolhido para a Diretoria de Política Monetária do Banco Central. Já Ailton de Aquino Santos, se for aprovado, ocupará a Diretoria de Fiscalização da instituição.
Após a sabatina, a CAE votará as indicações, que, depois, seguirão para o plenário do Senado, ao qual cabe a palavra final sobre o tema.
A análise dos indicados ocorre em meio a frequentes críticas de integrantes do governo à taxa básica de juros, a Selic, definida pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom).
O presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e diversos ministros, entre os quais Fernando Haddad (Fazenda) e Carlos Fávaro (Agricultura), têm feito essas críticas à taxa de juros.
No entendimento do governo, a Selic no patamar atual, de 13,75% ao ano, inibe investimentos e prejudica o crescimento da economia.
Cenário político
A análise também acontece em meio a um cenário político em que o Congresso Nacional discute o chamado novo arcabouço fiscal, conjunto de medidas propostas pelo governo para tentar equilibrar as contas públicas.
O novo marco fiscal substitui o teto de gastos e, em linhas gerais, desvincula o crescimento das despesas da União à inflação e passa a vinculá-lo ao crescimento da arrecadação.
O governo argumenta que o novo arcabouço permite equilibrar as contas públicas, garantir investimentos e, ainda, reduzir a taxa de juros.
O texto já passou pela Câmara, mas, como foi alterado pelos senadores, deve ser analisado novamente pelos deputados. A expectativa do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), é votar o projeto ainda nesta semana.
Os indicados
Gabriel Galípolo é formado em ciências econômicas e até, então, exercia a função de secretário-executivo do Ministério da Fazenda.
Isto é, Galípolo era o “número dois” na hierarquia do ministério, atuando como “braço-direito” do ministro Fernando Haddad.
Ailton Aquino, por sua vez, é servidor do próprio Banco Central.
Fonte G1 Brasília