As Forças Armadas continuam sendo a instituição com maior confiança dos brasileiros, segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta terça-feira (17). Contudo, o índice repetiu o pior patamar no histórico do levantamento. A pesquisa ocorre depois que foi divulgada a trama golpista que tentou um golpe de estado para impedir a posse de Lula (PT), em 2022.
Segundo o instituto, 34% dos entrevistados disseram confiar muito na Aeronáutica, no Exército e na Marinha. Veja os números:
- Confiam um pouco: 40%;
- Confiam muito: 34%;
- Não confiam: 24%;
- Não sabem: 2%.
Também foram pesquisadas as percepções sobre outras instituições, como os Três Poderes, imprensa, redes sociais, partidos políticos, entre outros (veja abaixo na reportagem).
O índice repete o resultado de setembro de 2023, o pior registrado desde que o Datafolha mapeia a percepção da confiança nos militares, iniciado em 2017.
Foram ouvidas 2.002 pessoas nos dias 12 e 13 de dezembro e a margem de erro é de 2 pontos para mais ou menos.
No levantamento anterior, feito em março deste ano, a confiança era de 37% dos entrevistados, com leve melhora em relação ao pior índice registrado em setembro do ano passado. Agora, a pesquisa deste ano retoma o índice mais baixo em 7 anos.
A época de maior confiança na Forças Armadas registradas pelo Datafolha ocorreu em abril de 2019, início do governo do ex-militar Jair Bolsonaro (PL), com 45% de respostas “confiam muito”.
Já a desconfiança nos militares oscilou um ponto, de 23% em março deste ano para 24% no levantamento desta terça. É o maior índice já registrado no levantamento. A menor desconfiança nas Forças Armadas ocorreu em junho de 2017, com 15%.
Imprensa
A confiança na imprensa oscilou para cima no levantamento mais recente, enquanto a desconfiança caiu. Veja abaixo:
- Confia um pouco: 48% (era 45% em março);
- Não confia: 28% (era 34%);
- Confia muito: 22% (era 20%);
- Não sabem: 1% (era 1%).
Redes sociais
A pesquisa mostra que a desconfiança nas redes sociais mantêm o mesmo patamar da última pesquisa, em março. Já a confiança oscilou para baixo. Veja:
- Não confia: 49% (era 49% em março);
- Confia um pouco: 43% (era 41%);
- Confia muito: 9% (era 7%);
- Não sabem: 1% (era 1%).
Partidos políticos
O levantamento mostra que os partidos políticos seguem como a instituição com mais desconfiança dos brasileiros. Veja:
- Não confia: 50% (era 50% em março);
- Confia um pouco: 42% (era 43%);
- Confia muito: 6% (era 7%);
- Não sabem: 1% (era 1%).
Congresso Nacional
Questionados sobre a percepção junto ao Congresso Nacional, 46% dos entrevistados responderam “confia um pouco”, enquanto 42%, “não confia”. Há empate técnico no limite da margem de erro, enquanto em março a maior percepção era de “confia um pouco”. Veja:
- Confia um pouco: 46% (era 49% em março);
- Não confia: 42% (era 40%);
- Confia muito: 11% (era 10%);
- Não sabem: 1% (era 1%).
Presidência
A Presidência da República é outra instituição a apresentar empate técnico no limite da margem de erro: 40% dos entrevistados dizem “confiar um pouco”, já 36% responderam “não confia”. Veja:
- Confia um pouco: 40% (era 42% em março);
- Não confia: 36% (era 35%);
- Confia muito: 24% (era 22%);
- Não sabem: 1% (era 1%).
Supremo Tribunal Federal (STF)
A percepção positiva do Supremo Tribunal Federal (STF) oscilou 3 pontos para cima na pesquisa, de 21% para 24%. No entanto, a maioria dos entrevistados (38%) disse que “não confia” no Supremo. Veja:
- Não confia: 38% (era 39% em março);
- Confia um pouco: 35% (era 37%);
- Confia muito: 21% (era 24%);
- Não sabem: 2% (era 2%).
Juízes e desembargadores
Oscilou positivamente na margem de erro a percepção “confia um pouco” em juízes e desembargadores, enquanto a desconfiança também oscilou, mas para baixo. Veja:
- Confia um pouco: 46% (era 44% em março);
- Não confia: 28% (era 30%);
- Confia muito: 24% (era 24%);
- Não sabem: 1% (era 2%).
Ministério Público
Quanto ao Ministério Público, oscilou para baixo a desconfiança no órgão: de 28% para 24%, enquanto a confiança oscilou positivamente 2 pontos: 23% para 25%. Veja:
- Confia um pouco: 49% (era 48% em março);
- Confia muito: 25% (era 23%);
- Não confia: 24% (era 28%);
- Não sabem: 2% (era 2%).
Grandes empresas brasileiras
As empresas brasileiras tiveram oscilações de 1 ponto dentro da margem nas respostas dos entrevistados. Veja:
- Confia um pouco: 52% (era 51% em março);
- Confia muito: 26% (era 25%);
- Não confia: 20% (era 21%);
- Não sabem: 2% (era 2%).
Fonte G1 Brasília