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Conselheiro da Vale renuncia ao cargo e fala em ‘evidente e nefasta’ intervenção política

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O conselheiro de administração da Vale, José Luciano Duarte Penido, renunciou ao cargo na segunda-feira (11) por discordar do processo de sucessão do atual presidente da companhia, Eduardo Bartolomeo.

Em carta endereçada ao presidente do Conselho de Administração, Daniel Stieler, Penido fala que o processo tem sido manipulado e que sofre “evidente e nefasta” influência política.

“Apesar de respeitar decisões colegiadas, em minha opinião o atual processo sucessório do CEO da Vale vem sendo conduzido de forma manipulada, não atende ao melhor interesse da empresa, e sofre evidente e nefasta influência política”, diz a carta de renúncia à qual o g1 teve acesso.

Penido afirma ainda que não acredita mais na “honestidade de princípios de acionistas relevantes” da companhia em cumprir o objetivo de elevar a governança da Vale ao nível de uma corporação.

“No Conselho se formou uma maioria cimentada por interesses específicos de alguns acionistas lá representados, por alguns com agendas bastante pessoais e por outros com evidentes conflitos de interesse”, afirma.

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Sucessão do atual presidente

Na última sexta-feira (8), a Vale anunciou que o atual presidente da companhia ficaria no cargo até 31 de dezembro de 2024.

Bartolomeo vai apoiar o processo de transição para o novo presidente, ainda a ser definido, no início do ano que vem, e continua como consultor da companhia até 31 de dezembro de 2025.

“A definição do novo Presidente da Vale deverá considerar os atributos e perfil necessários para a posição frente à estratégia e desafios futuros da Companhia. O Conselho de Administração contará com o apoio de empresa de padrão internacional e a companhia apresentará seu novo Presidente uma vez concluído o processo sucessório”, disse a companhia, em comunicado na sexta-feira (8).

A mudança vem na esteira da movimentação do governo federal para colocar o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, no comando da companhia. A ideia enfrentou resistência dos demais acionistas.

Hoje, a Vale é uma corporação, sem controle direto de nenhum acionista. O governo tem participação na empresa por meio da previdência dos servidores do Banco do Brasil, a Previ. O governo também conta com uma golden share, que dá poder de veto na ex-estatal.

Fonte G1 Brasília

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