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Críticas de Ciro Nogueira e Tarcísio sobre proximidade com Lula são vistas com pragmatismo por lideranças de PP e Republicanos

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Aliados do presidente do PP, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), e do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), veem as declarações recentes deles com teor crítico ao ingresso de PP e Republicanos nos ministérios do governo Lula (PT) como parte do jogo político. Os interlocutores dos dois partidos não acreditam que essa postura irá atrapalhar a aproximação das siglas com governo, nem que Tarcisio irá deixar o Republicanos ou que o deputado maranhense André Fufuca, líder do PP e futuro ministro, tenha de se afastar das atividades partidárias de sua legenda.

Um aliado muito influente do governador de São Paulo disse ao blog que não é hora de Tarcisio mudar de sigla porque o “terreno dos partidos está muito gelatinoso”. Na visão desse interlocutor de Tarcísio, ele deve permanecer no Republicanos e evitar ao máximo nacionalizar o debate partidário. “Ele tem que se consolidar em São Paulo. É muito cedo para Tarcisio pensar em candidatura à Presidência. Veja o que aconteceu com o João Doria”.

Sobre Ciro Nogueira, integrantes do PP afirmam, reservadamente, que toda a aproximação com o governo Lula e palpites sobre qual ministério André Fufuca deve ocupar passam pelo presidente da legenda. ?Não tem como resolver isso sem o aval de Ciro Nogueira. A posição política, dada a proximidade com o governo Jair Bolsonaro (PL) é uma, mas a ação pragmática à frente de um partido tão grande como o PP é outra?, disse uma fonte.

O Planalto já aceitou que as indicações de Silvio Costa Filho e Fufuca vão ser atribuídas à cota pessoal do presidente e até prefere que seja assim. O argumento é: se esses partidos formalmente se declarassem como parte da base, haveria um racha, uma divisão interna nessas siglas, e seria ainda mais difícil conseguir votos da parcela mais bolsonarista, até para pautas mais à direita da área econômica.

O presidente Lula quer ter uma conversa com Marcos Pereira na semana que vem, para resolver o impasse de onde encaixar os nomes do centrão na Esplanada. Há ainda uma expectativa de que o encontro possa ser antecipado até mesmo para o fim de semana.

A ideia de dividir ministérios para acomodar PP e Republicanos não é bem-vista por esses partidos. Uma fonte dos Progressistas me disse o seguinte: “vai fatiar Portos e Aeroportos ou criar Ministério da Pequena Empresa e dar para quem? Para o PSC, para o PSOL? Para nós não serve.”

Vale lembrar que ontem, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST, houve um exemplo muito claro de como a articulação com o centrão fortalece o governo. Em 24 horas, governo e centrão conseguiram desconvocar o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e mudar completamente o jogo de forças dentro da CPI, que agora tem uma composição favorável ao Planalto, enterrando a comissão.

Fonte G1 Brasília

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