A falta de equilíbrio nas fases do jogo é uma das explicações para que o trabalho de Bernardo Franco não tenha engrenado após dez jogos. Logo que chegou ao Cuiabá, o treinador destacou a necessidade de dar consistência defensiva ao time, promessa que foi cumprida. O problema é que com a bola nos pés o Dourado apresenta os piores números da Série A, e segue estagnado na penúltima posição.
Segundo levantamento do Espião Estatístico, desde o dia 31 de agosto, data da primeira partida de Bernardo à beira de campo, a equipe auriverde tem a segunda menor média de gols sofridos. Neste recorte, o Cuiabá foi vazado sete vezes, uma média de 0,70 – atrás apenas do Botafogo, que tem 0,29 por duelo. No total, terminou cinco jogos sem deixar o adversário comemorar.
Porém, as dificuldades quando tem a posse da bola impedem o Dourado de conseguir uma reação. No mesmo período, o Cuiabá balançou a rede somente quatro vezes e apresenta a pior média – 0,40 por rodada. Dos dez confrontos, não marcou em oito.
Outras estatísticas ofensivas chamam atenção negativamente. A equipe mato-grossense é a que menos finaliza e a última no quesito arremates na direção do gol.
A inoperância do ataque é diretamente refletida nos resultados. O Cuiabá entrega mais organização defensiva sob o comando de Bernardo Franco, mas sem marcar gol fica impossível somar os pontos necessários para se livrar da queda. O time não vence há quatro jogos, justamente o tempo de seca ofensiva.
Perto do primeiro rebaixamento de sua história, o clube ainda tem seis compromissos no Brasileirão. O próximo desafio é contra o líder Botafogo, neste sábado, no Nilton Santos. Com Bernardo Franco à frente, o Dourado ainda não venceu e sequer balançou a rede como visitante.
Fonte GE Esportes