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Cúpula da CPMI do 8/1 teme que decisão de Nunes Marques leve a um ?mela geral? do trabalho da comissão

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Nunes Marques proibiu a Comissão Parlamentar de Inquérito que apura os ataques golpistas de 8 de janeiro de usar dados das quebras de sigilo do homem forte do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques.

Foi uma reação quase imediata. A cúpula da CPMI acionou a Advocacia-geral do Senado minutos após Isabela Camargo, da GloboNews, revelar que Nunes Marques cassou o poder da comissão de usar os dados do ex-homem forte de Bolsonaro na PRF.

O Senado vai recorrer do entendimento atípico do ministro.

A decisão de Marques é de 26 de setembro, mas só veio à tona nesta terça-feira (3). O ministro, indicado por Bolsonaro à Corte, proibiu a CPMI de processar e analisar dados de sigilo fiscal, bancário, telemático e telefônico de Vasques.

A equipe da relatora da CPMI, Eliziane Gama (PSD), teme um efeito dominó às vésperas do fim dos trabalhos da comissão, uma espécie de “mela geral”, com decisões semelhantes à do ministro, suprimindo dados e alvos da CPMI às vésperas do relatório final.

Para se ter uma ideia, Eliziane já começou a avaliar o impacto da decisão de Nunes Marques no capítulo que diz respeito à tentativa de manipular o resultado do segundo turno da eleição presidencial de 2022.

Silvinei chefiou a operação da PRF que montou uma série de barreiras de trânsito em cidades da região Nordeste no dia do segundo turno das eleições, ação notadamente desproporcional à população.

A operação chegou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que ordenou que Silvinei desmontasse as blitzes que atingiam, em especial, cidades onde o então presidenciável, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) havia alcançado a maioria absoluta dos eleitores.

Fonte G1 Brasília

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