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O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), concedeu uma entrevista coletiva nesta sexta-feira (2), no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, após uma semana de negociações políticas e reuniões na capital federal.
Aos jornalistas, Lula falou sobre quando vai anunciar a equipe de ministros, defendeu mudanças no orçamento secreto, comentou a reunião que terá com o presidente norte-americano, Joe Biden, falou sobre o perfil que quer na Economia e disse acredita na aprovação da PEC da Transição.
Veja os principais pontos:
Equipe ministerial
Lula disse que só vai anunciar nomes para seu ministério após ser diplomado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em cerimônia marcada para o dia 12.
“Eu não escolhi ministro. Estou em um processo de conversa com as forças políticas. Eu já conversei com forças políticas que não me apoiaram durante a campanha, mas que são de partidos que têm importância no Congresso Nacional, seja na Câmara dos Deputados ou no Senado. […] Depois que eu for diplomado, reconhecido, aí vou começar a escolher meu ministério. Não precisa ninguém ficar angustiado”, afirmou.
Perfil do futuro ministro da Economia
Lula foi questionado sobre o nome do novo ministro da Economia. O presidente eleito vem sendo cobrado para anunciar logo o comando da pasta. Isso, segundo o mercado e economistas, daria tranquilidade sobre a política econômica do novo governo, principalmente no que diz respeito ao equilíbrio fiscal.
Lula afirmou que o novo ministro vai refletir o “sucesso” das políticas econômicas de seus primeiros mandatos na Presidência. Ele citou feitos como obtenção de superávit primário e redução da dívida pública interna.
“Ou seja, então, o meu ministro da Economia será essa cara do sucesso do meu primeiro mandato. Olha a cara e será o ministro para fazer isso. Obviamente que o ministério tem autonomia, o ministério tem um monte de coisa, mas quem ganhou as eleições fui eu. E eu, obviamente, que quero ter inserção nas decisões políticas e econômicas deste país”, disse Lula.
Orçamento secreto
Questionado sobre o orçamento secreto, Lula afirmou que o modelo não pode “continuar como está”. Mas ele ressaltou que é a favor de emendas parlamentares, desde que transparentes e alinhadas com objetivos do governo.
“Eu sempre fui favorável que o deputado tenha emenda, mas é importante que ela não seja secreta. E é importante que a emenda seja dentro, sabe, da programação de necessidades do governo. E que essa emenda seja liberada de acordo com os interesses do governo. Não pode continuar da forma que está. Acho que todo mundo compreende isso”, disse o presidente eleito.
Conversa com Biden
Lula ainda comentou o encontro que deverá ter com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. O presidente eleito disse que quer conversar sobre democracia e sobre a guerra na Ucrânia com o norte-americano.
“Nós [Lula e Biden] vamos conversar política, a relação Brasil-Estados Unidos, o papel do Brasil na nova geopolítica mundial. Eu quero falar com ele da guerra da Ucrânia, que não há necessidade de ter guerra”, afirmou Lula.
PEC da Transição
Outro tema da coletiva foi a proposta de emenda à Constituição conhecida como PEC da Transição.
Ele defendeu o texto apresentado ao Congresso, mas admitiu que concorda negociar eventuais mudanças com parlamentares.
“O que me interessa é a PEC que nós mandamos. Essa PEC já foi conversada com o presidente da Câmara, com o presidente do Senado, várias lideranças. Até agora, não há sinal de que as pessoas queiram mudar a PEC. As pessoas sabem que não é o governo que precisa dessa PEC, [sabem] que o Brasil precisa dessa PEC. Quem deveria ter colocado a quantidade de recursos no Orçamento era o atual governo”, disse Lula.
Fonte G1 Brasília