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Declaração final do G20 tem primeira versão, mas pode ser reaberta em temas polêmicos

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Divergências em torno de temas como igualdade de gênero, enfrentamento à emergência climática e geopolítica dificultam a conclusão das negociações para a declaração final dos chefes de Estado do G20.

Segundo informações de negociadores envolvidos nas tratativas e de fontes diplomáticas, as negociações avançaram bastante nas últimas horas, chegou-se a um texto final, mas há pontas soltas que vão ter de ser resolvidas em conversas bilaterais até o final da cúpula, na terça-feira (19).

Os negociadores brasileiros temem que essas pontas soltas levem à ?abertura? do texto de novo, fechado após duras negociações.

Essa versão, alcançada na madrugada deste domingo, cita temas como a tributação dos super-ricos, questão de gênero e meio ambiente.

Questões geopolíticas, como a guerra da Ucrânia, também acenderam sinal vermelho e podem levar à reabertura do texto.

Na tarde de hoje, Mauricio Lyrio, o principal negociador brasileiro, apresentou o texto ao presidente Lula.

Os negociadores dos países, conhecidos como sherpas, avançaram a madrugada tentando chegar a um encaminhamento. Eles passaram os últimos dias reunidos em um hotel próximo ao aeroporto Santos Dumont, no centro do Rio de Janeiro.

Por volta de 4h, o sherpa brasileiro apresentou um esboço de declaração com os pontos consensuais e encerrou as negociações conjuntas.

Documento final do G20 deve manter a menção inédita a taxação de super-ricos, apesar de oposição da Argentina. As divergências residuais vão ser tratadas em diálogos bilaterais até no máximo terça-feira, quando terminará a cúpula e haverá a leitura da declaração.

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Fonte G1 Brasília

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