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Defesa de Bolsonaro diz que celular de Cid servia de ‘caixa de correspondência’ que registrava ‘lamentações’

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A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta sexta-feira (16) que o celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, serviu várias vezes como “caixa de correspondência que registrava as mais diversas lamentações”.

A nota dos advogados do ex-presidente foi divulgada após a revelação de conversas com tom golpista no celular de Mauro Cid. O ex-ajudante de ordens foi preso na operação que investiga fraude em cartões de vacina de Bolsonaro e auxiliares, e teve o celular apreendido pela Polícia Federal na ação.

Os diálogos foram revelados pela revista “Veja” e confirmados pela colunista do g1 Andréia Sadi.

Os advogados de Bolsonaro afirmam que “os novos diálogos revelados pela revista Veja comprovam, mais uma vez, que o presidente Bolsonaro jamais participou de qualquer conversa sobre um suposto golpe de Estado”.

“Registramos, ainda, que o ajudante de ordens, pela função exercida, recebia todas as demandas – pedidos de agendamento, recados etc – que deveriam chegar ao presidente da República. O celular dele, portanto, por diversas ocasiões se transformou numa simples caixa de correspondência que registrava as mais diversas lamentações”, diz a nota.

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Diálogos com tom golpista

No celular de Mauro Cid, a Polícia Federal encontrou conversas com o coronel Jean Lawand Junior, então gerente de ordens do Alto Comando do Exército (ACE), que incentivava a realização de um golpe de Estado.

“Pelo amor de Deus, Cidão. Pelo amor de Deus, faz alguma coisa, cara. Convence ele a fazer. Ele não pode recuar agora. Ele não tem nada a perder. Ele vai ser preso. O presidente vai ser preso. E, pior, na Papuda, cara”, afirmou Lawand Junior em um áudio a Cid, em 1º de dezembro de 2022.,

Cid respondeu: “Mas o PR [Presidente da República] não pode dar uma ordem…se ele não confia no ACE”. A sigla ACE é uma referência ao Alto Comando do Exército.

Em outra mensagem, em 10 de dezembro do ano passado, Lawand enviou outra mensagem: “Cid pelo amor de Deus, o homem tem que dar a ordem. Se a cúpula do EB [Exército Brasileiro] não está com ele, de Divisão pra baixo está”.

Cid respondeu: “Muita coisa acontecendo…Passo a passo”, e recebeu de volta do coronel a resposta: “Excelente”.

A última troca de mensagens entre os dois ocorreu no dia 21 de dezembro de 2022. Jean Lawand Junior escreveu: “Soube agora que não vai sair nada. Decepção irmão. Entregamos o país aos bandidos”. Cid respondeu: “Infelizmente”.

À revista, o coronel Lawand disse que Cid é seu amigo, que conversavam amenidades e que não se recorda de nenhum diálogo de teor golpista. O general também diz não se lembrar da conversa.

Segundo apuração de Isabela Camargo e Valdo Cruz, o coronel Jean Lawand Junior iria assumir um posto diplomático nos Estados Unidos, como adjunto do adido do Exército militar em Washington, mas o Comando do Exército suspendeu a nomeação. Ele foi em 2020 para a missão, prevista para começar em janeiro de 2024.

Fonte G1 Brasília

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