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Defesa vai acionar PF sobre providências após advogado envolver hacker com militares

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O Ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, informou que vai acionar a Polícia Federal por providências após o advogado de Walter Delgatti Neto dizer que o hacker esteve em reunião com militares para falar sobre a fiscalização das urnas (veja vídeo abaixo).

“A proposta era de que ele [Delgatti] iria trabalhar no Ministério da Defesa, no sentido de fiscalizar a lisura das urnas”, informou o advogado de Delgatti, Ariovaldo Moreira, em entrevista ao Estúdio i, na GloboNews.

O advogado afirmou também que Delgatti Neto foi o responsável por elaborar perguntas que foram apresentadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em ofício do Ministério da Defesa, questionando a segurança das urnas eletrônicas.

Segundo Moreira, o hacker – conhecido por dar origem à chamada “Vaza Jato” e preso na quarta-feira (2) – foi levado ao Ministério da Defesa na gestão Bolsonaro pelo coronel Marcelo Costa Câmara, que era assessor especial na Presidência.

Na pasta, Delgatti chegou por uma portaria na garagem e teria tido um encontro com o titular da pasta, o ministro Paulo Sérgio Nogueira, e conversado com um grupo que incluía o coronel Eduardo Gomes da Silva. A conversa em questão tratava de um pedido de que ele fizesse parte da fiscalização pela “lisura das urnas”.

Gomes da Silva tem cargo na gestão Lula como coordenador de Modernização do Estado, vinculado à Secretaria-Geral da Presidência. Na gestão Bolsonaro, ele ficou conhecido ao aparecer ao lado do ex-presidente na live em que lançou suspeitas contra as urnas sem apresentar provas em julho de 2021.

O ministro José Mucio Monteiro informou que também vai verificar se há alguma providência a ser tomada pela atual gestão do Ministério.

Pedido de invasão às urnas

Delgatti contou à Polícia Federal que em setembro de 2022, véspera das eleições, teve um pedido para uma tentativa de invasão às urnas. Segundo o hacker, ele se encontrou com Carla Zambelli, que fez a ele o pedido.

Na sequência, ele disse em depoimento que chegou a tentar, mas que o código fonte não estaria disponível em um computador online e não conseguiu. Em troca, como relevado pelo blog, ele invadiu o sistema do CNJ e emitiu um mandado de prisão contra o ministro Alexadre de Moraes, que foi entregue à Zambelli.

Após o depoimento, Zambelli foi alvo de operação da PF nesta quarta-feira, a mesma que prendeu novamente Delgatti. Além da prisão, a PF determinou a apreensão do passaporte e bens acima de R$ 10 mil.

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Fonte G1 Brasília

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