A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), votaram pelo arquivamento nesta quarta-feira (6) o Projeto de Lei de autoria do deputado Gilberto Cattani (PL) que pedia o fim do feriado do Dia Nacional da Consciência Negra. A projeto transformaria a data em ponto facultativo.
O PL foi colocado em primeira votação e tinha parecer contrário da Comissão Ciência, Educação e Tecnologia. Em defesa de sua pauta, Cattani enfatizou que ela foi pensada, principalmente, na economia local, já que os empresários precisam fechar suas portas em dia de feriado.
“Estamos aqui defendo os trabalhadores, que sabem quanto custa pagar um funcionário, os impostos em dia, as promissórias. Nós só estamos aqui pedindo para que essa data se torne ponto facultativo para que as pessoas que queiram trabalhar, possam trabalhar e ter o seu sustento”, disse em sessão.
Em meio à polêmica do projeto, Cattani chegou a negar em entrevista ao , que a proposta tenha uma conotação racista e disse que devido ao fato do mês de novembro ter outros feriados, o comércio acaba sendo prejudicado.
“É um Projeto de Lei já apresentado na Assembleia na sessão da outra quarta, nós apresentamos a pedido do setor comercial, defendendo inclusive muitos negros, pessoas de cor, que tem comércio, trabalham no comércio. Tem três feriados no mês de novembro e basicamente todos os três são prolongados, como é o que acontece agora nessa segunda-feira. A gente está atendendo essa solicitação comercial, não tem absolutamente nada a ver com ser racista nem nada desse tipo”, apontou.
O deputado citou ainda o seu histórico familiar, afirmando que seu pai era negro. “Então, não tem absolutamente nada a ver com racismo. A mídia como eu escutei hoje […] tenta mudar isso colocando de outra maneira, mas não tem nada a ver”, defendeu.
O parlamentar chegou a ser vaiado por populares que acompanhavam a sessão pelas galerias.
Dos votos, foram favoráveis ao projeto apenas Cattani, que é autor da matéria, Xuxu Dal Molin (União) e Ulisses Moraes (PTB).
Fonte: Isso É Notícia