A reportagem especial do Metrópoles, assinada por Fábio Leite, revelou como uma simples mensagem de WhatsApp de uma aposentada escancarou um esquema bilionário de descontos indevidos no INSS. Mais de um milhão de aposentados foram vítimas de cobranças fraudulentas de mensalidades associativas feitas por entidades fantasmas, muitas delas comandadas por empresários ligados a planos de saúde, corretoras e crédito consignado.
Essas entidades faturaram R$ 2 bilhões em um ano, com sede em prédios de luxo e operadas por laranjas. Em meio às investigações da Polícia Federal e da CGU, descobriu-se que esses empresários não apenas lucravam alto com os descontos, como também ostentavam um padrão de vida incompatível com o serviço prestado — ou sequer prestado.
Segundo a apuração do Metrópoles, alguns dos operadores do esquema organizaram festas milionárias em um dos resorts mais caros do Brasil, com presença de políticos influentes — entre eles, segundo fontes consultadas, o governador Mauro Mendes, de Mato Grosso. O local foi fechado exclusivamente para o evento de luxo, frequentado por donos de Ferraris, Porsches e mansões de R$ 20 milhões.
A matéria ainda destaca que parte desses empresários já havia aparecido na CPI da Covid e que bens de luxo foram posteriormente apreendidos pela Polícia Federal. A festa no resort virou símbolo da desconexão entre a elite política e a população lesada, especialmente aposentados que lutam para sobreviver com seus benefício.
