“Para deter esta loucura, vocês têm a oportunidade de fazer algo, de enviar um sinal importante. Escolham a justiça, e não a vingança”, disse o embaixador palestino Riyad Mansour. “Não percam esta oportunidade. Há vidas que dependem disso e cada vida é sagrada. Por favor, salvem vidas, salvem vidas, salvem vidas. Votem a favor de nosso projeto de resolução.”
Depois que as divisões ficaram evidentes no Conselho de Segurança com a rejeição, em menos de duas semanas, de quatro projetos de resolução sobre a guerra entre Israel e Hamas, os países árabes, em particular, esperam que a Assembleia Geral (onde a relação de forças é diferente e nenhum país tem direito de vetar a proposta de outro) possa adotar uma posição, embora suas resoluções não sejam vinculantes.
A Jordânia fez circular um projeto de resolução ainda em discussão, que será submetido a votação na sexta-feira (27).
“Israel está transformando Gaza em um inferno perpétuo na Terra. O trauma vai perseguir gerações inteiras”, declarou o ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Ayman Safadi, em nome dos 22 países do grupo árabe. “O direito à autodefesa não é uma licença para matar impunemente, o castigo coletivo não é autodefesa, é um crime de guerra.”
O texto, do qual a AFP obteve uma cópia, se concentra majoritariamente na situação humanitária, pedindo um “cessar-fogo imediato” e o acesso “sem restrições” de ajuda humanitária à Faixa de Gaza. Também urge a “todas as partes” que “protejam os civis”, mas não menciona os ataques do Hamas.
“Os que redigiram a resolução afirmam estar preocupados com a paz, mas nem sequer mencionam os assassinos depravados que começaram esta guerra”, criticou o embaixador israelense Gilad Erdan. “Esta resolução é um insulto à inteligência, e o único lugar ao qual esta resolução pertence é a lata de lixo da história.”
Fonte G1 Brasília