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Diretor da Abin no dia 8 de janeiro diz à CPI que vândalos ‘obviamente’ tinham intenção de ‘ruptura constitucional’

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O ex-diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Saulo Cunha afirmou nesta terça-feira (1º), à CPI dos Atos Golpistas, que os vândalos que invadiram as sedes dos três poderes “obviamente” tinham intenção de “ruptura constitucional”.

Cunha era o diretor em exercício da Abin no dia 8 de janeiro, dia dos atos golpistas.

“Havia, obviamente, a intenção de ruptura constitucional a partir da ocupação dos prédios públicos”, afirmou Saulo aos deputados e senadores.

“Havia uma ameaça de ruptura constitucional, a partir do momento, como os próprios fatos demostram, em que as três sedes dos três poderes foram ocupadas e vandalizadas. É uma ameaça à ordem constitucional”, completou.

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Mais cedo, também na CPI, Cunha disse que avisou ao então ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias, sobre os riscos de ocorrer a invasão. O ex-diretor da Abin disse que fez o alerta uma hora antes dos atos se concretizarem.

?Um pouco antes da marcha [de manifestantes em direção à Praça dos Três Poderes] começar o deslocamento, nós já tivemos informações de que havia, entre os manifestantes, efetivamente, um chamamento, inclusive estavam fazendo isso no carro de som, há relatórios aí, há fotos, para chamamentos para invasões de prédios, certo? Por volta de 13h, 13h e alguma coisa?, relatou Cunha.

?No momento em que a marcha saiu, eu recebo a ligação de um colega responsável pela segurança ? não vou falar o nome dele aqui, mas depois ? responsável pela segurança de um dos órgãos dos Três Poderes, muito preocupado, e divido com ele, nesse primeiro momento, as nossas preocupações. E ele, inclusive, me pede para falar com o general G dias, e eu passo o contato do general G. Dias. E ligo para o general G. Dias por volta de 13h30?, acrescentou.

Fonte G1 Brasília

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