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Diretoria do Banco Central só será maioria indicada por Lula em 2025

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Mesmo com a indicação de Gabriel Galípolo e Ailton de Aquino Santos para as áreas de política monetária e fiscalização, a diretoria-colegiada do Banco Central só será maioria indicada pelo presidente Lula (PT) em 2025. Até fim de 2024, outros quatro diretores ainda têm mandatos em exercício e precisarão ser substituídos de forma gradual, parte deles antes e parte deles junto ou após a saída de Roberto Campos Neto da presidência do BC.

As primeiras indicações de Lula para diretorias do Banco Central foram confirmadas na semana passada, quando o ministro da Fazenda Fernando Haddad divulgou Gabriel Galípolo, secretário-executivo da Fazenda, como escolhido para assumir a diretoria de política monetária do Banco Central.

A nomeação de Galípolo depende de aprovação do Senado Federal, assim como de Ailton de Aquino Santos para a diretoria de fiscalização, também indicado por Lula. No dia do anúncio, Fernando Haddad reforçou que as indicações seguiam no caminho de “entrosamento das políticas fiscal e monetária”.

A cada 45 dias, o Comitê de Política Monetária (Copom) – formado pelo presidente e os oito diretores do Banco Central – define a taxa básica de juros, a Selic, todos com direito a voto peso um. Caso sejam aprovados pelo Senado, Galípolo e Ailton Santos integrarão o grupo nas discussões.

O nível elevado da taxa básica tem sido alvo frequente de críticas do presidente Lula, que afirma que a condução da política monetária por parte do BC tem prejudicado o crescimento do país. Atualmente, a Selic está em 13,75% ao ano.

Diferentemente de governos anteriores, Lula não pôde escolher o presidente e a diretoria do BC ao assumir o governo, pois a lei que deu autonomia à autoridade monetária concedeu mandatos fixos à diretoria da instituição.

Os mandatos são de quatro anos, com a possibilidade de recondução. Por isso, Lula precisa esperar o término do mandato de cada um para trocar ou manter os nomes escolhidos pelo governo anterior.

Até o começo de 2025, Lula poderá ter indicado sete dos noves diretores que compõem o Banco Central, incluindo o presidente. Campos Neto, por exemplo, já afirmou diversas vezes que não tem a intenção de permanecer no BC para um novo mandato.

Os diretores em exercício com prazo mais longo para deixar o cargo são Renato Dias de Brito Gomes, diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução, e Diogo Abry Guillen, diretor de Política Econômica. Ambos foram indicados pelo ex-presidente Bolsonaro e ficam no cargo até 31 de dezembro de 2025.

Veja abaixo o cronograma dos mandatos dos diretores presidente do BC

Nomeados, mas ainda precisam de aprovação do Senado:

  • Gabriel Galípolo para a diretoria de Política Monetária
  • Ailton Aquino Santos para a diretoria de Fiscalização

Quem sai em 2023:

  • Fernanda Guardado, diretora de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos – mandato até 31 de dezembro de 2023
  • Maurício Costa de Moura, diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta Maurício Costa de Moura – mandato até 31 de dezembro de 2023

Quem sai em 2024

  • Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central – mandato até 31 de dezembro de 2024
  • Carolina de Assis Barros, diretora de Administração – mandato até 31 de dezembro de 2024
  • Otávio Ribeiro Damaso, diretor de Regulação Otávio Ribeiro Damaso – mandato até 31 de dezembro de 2024

Quem sai em 2025

  • Renato Dias de Brito Gomes, diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução – mandato até 31 de dezembro de 2025;
  • Diogo Abry Guillen, diretor de Política Econômica – mandato até 31 de dezembro de 2025

Fonte G1 Brasília

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