Pilotada pelo Centrão, a campanha de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) tem insistido ao presidente que ele tem ”toda chance de virar a eleição” desde que ouça as pesquisas e análises internas ? ou seja, deixe a campanha ser pautada pela política profissional.
Por isso, comemorou quando Bolsonaro se ateve ao roteiro feito pelo Centrão na promulgação da PEC Kamikaze ? que amplia benefícios sociais às vésperas da eleição ? e usou seu discurso para valorizar as mulheres.
Bolsonaro destacou que a maior parte dos beneficiários é composta por mulheres, a quem chamou de “pessoas importantíssimas”.
“Nenhum homem pode sonhar em crescer na vida sem ter uma mulher na vida”, afirmou, ainda, o presidente na cerimônia, realizada na quinta-feira (14) no Congresso.
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O problema, avaliam, é que Bolsonaro só recorre de fato aos conselhos do Centrão quando sente sua sobrevivência política em perigo. Por exemplo, como fez durante a pandemia e decidiu abandonar os ataques à vacina, ou no auge da crise com o Judiciário, no final de 2021, quando, após promover atos golpistas no 7 de Setembro, divulgou uma “Declaração à Nação” para dizer que não teve “intenção de agredir” poderes.
No caso do discurso da promulgação da PEC, Bolsonaro só aceitou seguir o roteiro do Centrão após reiteradas pesquisas internas mostrarem que seu desempenho entre mulheres e mais vulneráveis não está se alterando desde o último Datafolha.
Mas, repetem os líderes do Centrão, não é possível calcular até quando o presidente ? conhecido por seus descontroles ? vai ouvir os conselhos, pois o entorno radical ? como o filho e vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro, que comanda a estratégia digital da campanha – atua em voo solo e exerce forte influência sobre o presidente.
Fonte G1 Brasília