O ex-presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, comentou nesta segunda-feira (27) o tarifaço imposto por Donald Trump ao Brasil e a reunião bilateral entre o presidente americano e Lula, no domingo (26). O encontro deu início às negociações comerciais entre os países.
“O tarifaço não leva a uma combinação ótima de fatores, sou contra. Em relação ao Brasil, [o encontro] é bom, vi alguns setores sofrendo, então acho que é bom, é importante para o Brasil. Acho que o Brasil vem acima de tudo, então acho que é uma boa notícia”, afirmou Campos Neto sobre a reunião.
Questionado sobre a possibilidade de revisão da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, o ex-presidente do BC respondeu que é difícil prever.
“Com o presidente dos EUA é difícil ter uma previsibilidade, é muito incerto. Tem que esperar para ver. Espero que a gente consiga diminuir as tarifas para o Brasil. Isso mostra que as políticas de tarifas, quando há muitas mudanças, atrapalha o investimento em médio prazo. É ruim para todo mundo”, disse.
Juros no Brasil
O ex-presidente do BC também foi abordado sobre a política de juros adotada no governo Lula. ?Faz parte do trabalho do Banco Central ser duro?, afirmou. “Eu estaria fazendo a mesma coisa que o Gabriel Galípolo”.
Fonte G1 Brasília