A vereadora por Cuiabá Edna Araújo (PT) é suspeita de estar ligada a um esquema de “rachadinha”. A acusação teria partido de ex-chefe de gabinete. Provas comprometedoras já estão sob posse do Ministério Público Estadual (MPE) ligando a vereadora ao esquema. A “rachadinha” configura quando um político exige que seus servidores repassem a ele parte do salário ou verbas recebidas.
Conforme reportagem publicada pelo site RD News, Edna teria sido beneficiada, no ano passado, com pelo menos R$ 20 mil em valores ilegais. Comprovantes bancários contidos na investigação, além de áudios e conversas de WhatsApp, mostram que esse montante foi repassado gradualmente à parlamentar pela sua então chefe de gabinete, Laura Natasha Abreu – que foi exonerada mesmo estando grávida.
A reportagem mostrou conversas de WhatsApp nas quais o marido de Edna e ex-presidente do PT em Mato Grosso, Willian Sampaio, cobrava Laura sobre a devolução da VI recebida por ela, de R$ 5 mil ao mês. A então servidora, de acordo com as conversas, sempre sinalizava positivamente e confirmava a transferência da verba recebida para a conta da vereadora, enviando o comprovante do depósito ao marido de Edna.
Laura Natasha foi exonerada do gabinete de Edna mesmo estando gestante, o que levou a Câmara Municipal a indenizá-la em R$ 70 mil. Já o marido de Edna, Willian Sampaio, ex-superintendente do Incra-MT e ex-presidente regional do PT, agia como espécie de cobrador de VI, conforme áudio e também diálogo por WhatsApp.
O montante era transferido para conta de Edna. Se comprovado o esquema, a parlamentar pode responder peculato, corrupção passiva, improbidade administrativa e concussão, o que pode gerar a cassação do mandato da parlamentar.
Fonte: Isso É Notícia