O técnico Eduardo Barros foi direto ao ponto após a derrota do Cuiabá por 2 a 0 para o Amazonas, neste domingo, no Carlos Zamith, pela 35ª rodada da Série B. Com o resultado, o time mato-grossense estacionou nos 50 pontos, em 11º lugar, e viu o sonho do acesso à Série A se tornar praticamente impossível.
? O sonho chegou ao fim porque a gente acredita que com 59 pontos vai ser insuficiente para conquistar o acesso.
? Mas os objetivos da temporada não acabaram. A gente precisa terminar com dignidade, honrar a camisa do Cuiabá e fazer três grandes jogos ? afirmou o treinador.
Derrota amarga e atuação abaixo da crítica
O revés em Manaus marcou a terceira partida seguida sem vitória e manteve o jejum fora de casa, que já dura cinco meses. Nos últimos seis jogos, o Cuiabá somou apenas uma vitória, com dois empates e três derrotas ? desempenho que selou a queda de rendimento na reta final da Série B.
Mesmo com os retornos de Calebe e Safira, recuperados de lesão, Barros optou por mudar o esquema tático habitual de 3-4-3 para um 4-3-3. A alteração, no entanto, teve efeito contrário: o time perdeu a saída de bola, não se encaixou no meio-campo e sofreu com a falta de intensidade sob o forte calor manauara.
? Hoje a gente sabia que o jogo fora de casa, nesse horário, com as condições do campo, prejudicaria muito a gente fazer aquilo que tem sido uma característica da equipe. Alguns jogadores sofreram bastante com o calor, outros com ritmo, o caso do Calebe e do Safira. Nossa equipe não se encontrou quase que em nenhum momento do jogo e seguramente foi a pior atuação da equipe sob o meu comando ? reconheceu o técnico.
Falhas coletivas e desgaste físico
Barros também admitiu dificuldades em mobilizar o elenco e lamentou erros que resultaram nos gols do adversário. Segundo ele, o time não competiu em igualdade com o Amazonas e apresentou falhas básicas de concentração e postura defensiva.
? Faltaram muitos aspectos que eu considero importantes. Eu não consegui mobilizar os jogadores. A gente preparou a semana toda para uma final. Não competimos como o adversário em quase nenhum momento do jogo. Faltou vender mais caro o gol sofrido ? desabafou.
O treinador destacou que as substituições no segundo tempo foram condicionadas por cansaço e falta de ritmo, limitando as opções táticas para tentar reverter o placar.
? Eu fiz trocas por cansaço e por falta de ritmo, que pesam e impedem de fazer mudanças mais ofensivas. No fim das contas, a gente ficou amarrado. Eu tive que colocar zagueiro num jogo que você está perdendo. Não é uma decisão positiva para a equipe.
Situação na tabela e o que vem pela frente
Com 50 pontos e apenas nove a disputar, o Cuiabá só pode chegar a 59, número considerado insuficiente para entrar no G-4. A equipe volta a campo na sexta-feira, contra o Goiás, às 21h30 (de Brasília) ? 20h30 (de MT) ? na Arena Pantanal, pela 36ª rodada.
Fonte GE Esportes