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Eleições 2024: número de mesários com algum tipo de deficiência será o maior da história

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As eleições municipais de 2024 vão ter o maior número da história de mesários com algum tipo de deficiência.

Aos 51 anos, Veimatos Duarte se prepara para a realização de um sonho: o de ser mesários nas próximas eleições.

“Exercer a cidadania e mostrar para as pessoas que você pode, eu também posso”, diz o pedagogo e mesário voluntário.

Cego, desde a adolescência, o goiano vai usar uma tecnologia que faz a leitura do que está escrito na tela.

“Ele vai procurar e confirmar o nome, ouvir esse recurso em áudio e ditar o nome e o título para o presidente digitar e habilitar o eleitor a votar”, explica Danielli Prado, chefe de cartório de zona eleitoral.

“Isso eles estão fazendo para mim, tornando tudo acessível a mim para que eu possa realizar esse sonho de ser mesário”, diz Duarte.

Nessa eleição para prefeitos e vereadores, os eleitores cegos e com baixa visão também vão contar com recursos de áudio para ajudar na votação. As urnas estão equipadas com um comando de voz que lê a tela. O eleitor usa um fone de ouvido. Dá as instruções básicas, repete os números e os cargos e aí é só confirmar a escolha.

A voz da urna é da atriz e cantora carioca Sara Bentes.

“Uma realização não só para mim, mas para toda essa comunidade de pessoas com deficiência visual. Isso é representatividade, protagonismo”, diz Sara.

Em todo o país, serão mais de 6 mil mesários com algum tipo de deficiência – 45% a mais do que nas últimas eleições. Com mais de 1, 4 milhão de eleitores com algum tipo de deficiência, as urnas também vêm com teclas em braile e tradução para libras.

“Nós não queremos capacitismo, nós queremos votar, ser votado e também participar desse momento trabalhando”, diz Brazil Nunes, secretário de comunicação do TRE-GO.

O Marlon já passou por treinamento no Paraná e está pronto para ajudar os eleitores a encontrar o local de votação.

“Fiquei muito contente quando a Justiça Eleitoral do Paraná estendeu essa oferta para a gente trabalhar como voluntário e isso poder se concretizar”, diz Marlon Brandão de Souza, engenheiro de software e mesário voluntário.

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Fonte G1 Brasília

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