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Elementos apresentados por hacker à CPI ‘dão fortes condições’ para indiciar Bolsonaro, diz relatora

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Relatora da CPI dos Atos Golpistas, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) afirmou nesta quinta-feira (17) que o hacker Walter Delgatti apresentou elementos à comissão que dão ?fortes condições? de apresentar o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro ao final dos trabalhos.

Delgatti foi ouvido pela CPI a pedido de parlamentares governistas. O hacker revelou uma trama envolvendo o ex-presidente e seus assessores que tinha como objetivo fraudar o resultado das eleições presidenciais de 2022.

?Eu diria que hoje os elementos apresentados a essa comissão nos dão fortes condições de ao final termos o indiciamento do ex-presidente Bolsonaro. Precisamos compatibilizar com as quebras que nós estamos defendendo que ocorra. Dentre elas as quebras de sigilos, os relatórios do Coaf e as quebras telemáticas?, afirmou a relatora.

À GloboNews, a senadora afirmou que pretende pedir a quebra dos sigilos de Bolsonaro. Ele ainda não foi alvo de pedidos de quebra de sigilo ou de comparecimento ao colegiado.

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Na última sexta, a PF pediu a quebra de sigilos de Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle, e que ambos prestem depoimento no caso dos presentes oficiais negociados de forma ilegal no exterior por assessores presidenciais.

Relator do inquérito, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes ainda não analisou esses pedidos.

?Nós vamos pedir além do telemático também os RIFs [Relatórios de Inteligência Financeira], porque uma das perguntas que nós temos hoje no nosso plano de trabalho e quem financiou. Nós temos quem pensou, quem projetou, mas temos também quem financiou?, afirmou Eliziane.

A relatora explicou que com os relatórios de inteligência financeira em mãos será possível entender o fluxo financeiro que permitirá chegar aos financiadores dos ataques golpistas de 8 de janeiro.

O hacker na CPI

Preso desde o dia 2 de agosto por invasão a sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Delgatti ficou conhecido nacionalmente em 2019, quando vazou mensagens de diversas autoridades envolvidas na operação Lava Jato.

O episódio, investigado na operação Spoofing, ficou conhecido como “Vaza Jato”.

À CPI nesta quinta-feira, Delgatti afirmou, por exemplo, que:

  • Bolsonaro prometeu a ele um indulto caso fosse preso por ação contra urnas eletrônicas;
  • o ex-presidente citou um ‘grampo’ contra Moraes e pediu a Delgatti que ‘assumisse autoria’ da invasão;
  • o marqueteiro de Bolsonaro na campanha pediu um ‘código-fonte’ fake para apontar fragilidade nas urnas.

Fonte G1 Brasília

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