A ONG Transparência Internacional ofereceu em uma carta orientação à Lava Jato sobre o que fazer com o dinheiro obtido com os acordos de leniência firmados pela operação.
O blog antecipou que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli cobrou que fossem apresentados dados sobre atuação da Transparência Internacional em acordos da Lava Jato.
Segundo o ministro, é preciso investigar se recursos públicos obtidos com multas pagas à Lava Jato foram parar na ONG, que nega qualquer recebimento. Bruno Brandão, da Transparência Internacional, diz que nunca houve repasse de recursos para a ONG.
O documento enviado pela Transparência Internacional é do dia 30 de janeiro de 2017 e tem como destinatário o subprocurador-geral da República, Marcelo Antônio Muscogliati.
“Agora, ainda no marco da cooperação entre as duas entidades, queremos propor o estabelecimento de uma orientação geral para a designação de parte dos recursos oriundos de acordos de leniência firmados pelo MPF – e outros órgãos estatais – a projetos de prevenção e controle social da corrupção”, diz trecho do documento.
Ainda segundo a carta destinada ao MPF, a Transparência Internacional diz que “se entre os compromissos de reparação impostos a empresas processadas por corrupção passar a constar, sistematicamente, o apoio a entidades e projetos de controle social, haverá um imenso ganho neste âmbito primordial do enfrentamento à corrupção no Brasil”.
Entre os acordos firmados pela Lava Jato estaria o da Odebrecht, que teria que pagar R$ 8,512 bilhões (US$ 2,543 bilhões, no câmbio da época) em até 23 anos. Os recursos deviam ser aplicados em investimentos sociais.
[Este post está em atualização]
Fonte G1 Brasília