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Além da cúpula, Lula também terá uma reunião separada com o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel.
Líder do regime de esquerda — que governa a ilha caribenha desde 1959 — Miguel Díaz-Canel é um dos principais aliados na América Latina do presidente brasileiro. Lula é um crítico do embargo dos Estados Unidos à Cuba.
Agenda em Havana
Lula chegou na noite de sexta-feira (15) a Havana, capital de Cuba. O presidente participa na manhã deste sábado (16) do debate-geral dos líderes do G77.
Segundo o governo brasileiro, o grupo foi fundado em 1964 para que países em desenvolvimento pudessem defender suas posições diante das nações industrializadas.
O G77 tem 133 integrantes atualmente, mais a China, que dá apoio financeiro e político ao grupo.
Conforme o Itamaraty, os representantes dos países devem debater alternativas para o crescimento econômico e o combate às mudanças climáticas.
À tarde, após a cúpula, Lula será recebido no Palácio da Revolução por Díaz-Canel. Os chefes de Estado pretendem reforçar as relações entre os dois países, que se afastaram durante a gestão de Jair Bolsonaro (2019-2022).
Agenda em Nova York
Lula tem a previsão de chegar na noite deste sábado (16) a Nova York. Na próxima terça-feira (19), o presidente faz o discurso de abertura da Assembleia-Geral da ONU.
Tradicionalmente, cabe ao representante do Brasil iniciar o debate de chefes de Estado e de governo dos países que integram a ONU.
Lula voltará a participar de uma assembleia-geral após 14 anos. O último discurso dele no evento foi em 2009.
No retorno, o presidente deve abordar temas que tem defendido em outras viagens internacionais, como a reforma do Conselho de Segurança da ONU, o combate à desigualdade e a ajuda de financiamento, por parte de países ricos, para preservar florestas.
Ainda em Nova York, Lula deve se encontrar na quarta-feira (20) com o presidente dos EUA, Joe Biden, para lançar uma iniciativa voltada a incentivar o chamado “trabalho decente”, conceito que faz parte da lista de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) definidos pela ONU.
De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o conceito leva em conta uma série de indicadores, como oportunidades de emprego, rendimentos, jornada e trabalho análogo à escravidão.
Fonte G1 Brasília