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O deputado estadual Valdir Barranco (PT) criticou a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), que está em andamento na Câmara dos Deputados. Barranco enfatizou que a CPI só foi criada para tentar contrapor outra Comissão, a que investiga os atos de 8 de janeiro. Valdir fez questão de destacar a expressividade do MST para a reforma agrária.
“A CPI nasceu morta, para o objetivo deles será frustrado. A CPI do MST nasceu numa tentativa de contrabalancear a CPI dos Atos Golpistas, mas não ganhou força, seus líderes estão descredibilizados. A luta pela terra é uma realidade”, ressaltou durante uma entrevista ao Podcast do Grupo Única, “Política&Política”, na terça-feira (22).
O parlamentar falou ainda sobre a realidade das invasões de terra no Estado. “Em Mato Grosso os verdadeiros grileiros não são os sem-terra. São famílias que se apossaram de extensas terras públicas da União e do Estado, para plantar e formar fazenda. É só ir na Advocacia-Geral da União e se debruçar nas centenas de processos de ações judiciais que a AGU tem impetrado para reaver as áreas públicas nas mãos dos grileiros”, afirmou.
Barranco ainda comentou sobre a fala do colega de parlamento, o deputado estadual Gilberto Cattani (PL), que acusou o MST de ser um grupo terrorista e de em nada contribuir com a reforma agrária. “Quem fala isso não estudou a história do Brasil. Até o surgimento do MST não havia pessoas no campo, só uma ínfima minoria. O MST se formou dos anseios dos que sabiam da necessidade da reforma agrária do Brasil. Só aqui em Mato Grosso tem mais de 700 assentamentos”, completou Valdir Barranco.
Fonte: Isso É Notícia