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Lula e Janja participaram ao lado de Rebelo de uma cerimônia de boas-vindas com honras militares. Eles posaram para fotos, ouviram os hinos de Brasil e Portugal e acenaram para apoiadores na Praça do Império.
Na sequência, o presidente e a primeira-dama se dirigiram ao Mosteiro dos Jerônimos, onde prestaram uma homenagem ao poeta português Luís de Camões ? autor da obra “Os Lusíadas”, morto no século 16.
O governo brasileiro depositou flores no túmulo do escritor, um dos mais importantes da língua portuguesa, que está localizado no mosteiro.
Agenda
Estes foram os primeiros compromissos da agenda oficial de Lula em Portugal. O petista chegou ao país da península ibérica nesta sexta-feira (21).
Ainda neste sábado, Lula terá reuniões com Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém, residência oficial do presidente da República. Em seguida, está previsto um pronunciamento à imprensa.
Depois, o presidente se dirigirá ao Centro Cultural de Belém onde participará do almoço oferecido pelo primeiro-ministro, António Costa, e da reunião plenária da Cimeira Luso-Brasileira, cúpula bilateral que será retomada após sete anos.
Por fim, os dois governos assinarão pelo menos 13 documentos, entre os quais, um acordo para equivalência de diplomas nos níveis fundamental e médio e outro para reconhecer carteiras de motorista.
Mercosul-União Europeia e guerra na Ucrânia
Nas conversas com o presidente e com o primeiro-ministro, Lula deve tratar principalmente de dois temas: o acordo comercial do Mercosul com a União Europeia e a guerra entre Rússia e Ucrânia.
O acordo foi assinado em 2019, depois de 20 anos de negociações. Mas ainda não saiu do papel, porque depende de ratificação por parte dos países.
Políticos europeus têm dito que problemas na preservação do meio ambiente na América Latina estão travando a conclusão da parceria.
O Brasil vê no acordo uma maneira de dinamizar as vendas para o mercado europeu.
Além do aspecto comercial, Lula vem buscando também impulsionar o Brasil no cenário geopolítico. O presidente propõe a criação de um grupo de países neutros em relação à guerra para intermediar a paz entre Rússia e Ucrânia.
Só que declarações dele nas últimas semanas, atribuindo aos Estados Unidos e à União Europeia responsabilidades pela continuidade do conflito, causaram má impressão no Ocidente, principalmente no governo norte-americano. Os EUA consideraram que Lula estava reproduzindo visões russa e chinesa sobre a guerra.
Na última quarta-feira (19), Lula amenizou o tom, disse que é contra a guerra e voltou a defender uma saída pacífica e negociada para o conflito.
Fonte G1 Brasília