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Em primeira reunião após críticas de Lula, diretor da Anvisa volta a citar déficit de servidores na agência

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O diretor-presidente da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, voltou a citar as dificuldades que a reguladora enfrenta por conta da falta de servidores, durante reunião da diretoria colegiada do órgão nesta quarta-feira (4).

Esse foi o primeiro encontro da cúpula da agência após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fazer uma cobrança pública à Anvisa por mais celeridade na liberação do registro de remédios em território brasileiro, uma atribuição do órgão (relembre mais abaixo).

Na ocasião, Barra Torres foi a público e deu uma dura resposta, defendendo a agência. Segundo ele, tais declarações enfraquecem a Anvisa tanto internamente quanto no cenário internacional.

No encontro, o diretor lembrou que apesar de ter alertado o governo federal sobre os impactos que a equipe reduzida gera no trabalho da agência, a Anvisa tem continuado a fazer um bom trabalho.

“E essa é uma característica da agência. A agência pontua a falta que tem de pessoal, mas nem por isso a gente se descompromissa das missões que nós temos. A gente não tira de nossos ombros e nem propõe que se tire ? já que nós não poderíamos tirar, mas poderíamos propor que fosse tirado de nossos ombros ? qualquer tipo de responsabilidade. É uma característica do servidor da agência e acaba influenciando a diretoria colegiada nesse sentido”, afirmou.

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Barra Torres comentou que, nos últimos anos, “infelizmente”, a Anvisa teve diminuição de pessoal e que há uma “dificuldade tremenda” por conta da falta de servidores.

A fala dele foi dada depois que a diretora Meiruze Freitas apontou a importância de uma discussão sobre a regulamentação e aprimoramento do sistema de fiscalização do órgão.

No entanto, ela citou que a “equipe pequena” e “necessidade de recursos humanos” são fundamentais para conseguir realizar debate sobre o assunto.

Críticas do presidente

Em 23 de agosto, o presidente Lula se queixou de uma suposta demora da Anvisa em analisar e liberar novos medicamentos.

Durante a inauguração de uma fábrica da farmacêutica EMS em Hortolândia (SP), Lula se queixou publicamente, sugerindo que a agência deveria ser mais rápida para, segundo ele, atender melhor os interesses do país.

“Quando algum companheiro da Anvisa perceber que algum parente dele morreu porque um remédio que poderia ser produzido aqui não foi porque eles não permitiram, aí a gente vai conseguir que ela seja mais rápida e atenda melhor os interesses do nosso país”, afirmou Lula.

Barra Torres fez questão de defender a agência.

“Ao nos qualificar de pessoas que precisam da dor da morte de entes queridos para fazer o próprio trabalho, equivoca-se o orador e coloca a população contra a Anvisa, que sempre a defendeu”, disse.

Ele ainda afirmou que o governo já foi avisado de que a Anvisa perdeu profissionais nos últimos anos.

Fonte G1 Brasília

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