O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) elogiou a postura de seu adversário político, o deputado federal Abílio Brunini (PL-MT) na condução da conferência que discutia o futuro da Saúde em Cuiabá no Pós-Intervenção”, onde Abílio expôs que a intervenção estadual na Saúde da capital reduziu a quantidade de médicos na Upa Morada do Ouro.
Em conversa com a imprensa na sexta-feira (2), Abílio revelou que o convite para que Emanuel participasse da conferência foi feito por ele mesmo um dia antes – ocasião em que, coincidentemente, encontrou com Emanuel no voo, vindo de Brasília.
Emanuel, por sua vez, agradece e avaliou positivamente a postura do adversário.
“Quero parabenizar o deputado Abílio e agradecer o convite dele. Eu acho que o ponto alto foi a postura do deputado, uma postura para tentar manter o diálogo, manter o equilíbrio nas discussões. Foi importante que mostrou que a intervenção ‘borrou’. Ficaram com medo, se acovardaram e não quiseram debater com o povo”, declarou Emanuel.
A afirmação de Emanuel referiu-se ao fato do co-interventor na Saúde da Capital, o procurador Hugo Fellipe Lima, deixar o debate após um “bate-boca com um grupo de ex-servidores que manifestavam contra as várias demissões sem justificativa promovidas pela Intervenção. Hugo deixou o recito acusando o prefeito de Cuiabá de “orquestrar” a confusão.
“Quem fugiu do debate não fui eu, foi ele, porque não ficou lá. Eu não impedi e nem pedi para ninguém ir. A saúde pública de Cuiabá é um direito de todos”, rebateu Pinheiro.
Já Abílio afirmou que a saúde de Cuiabá não pode sofrer com “guerra política”, enfatizando ainda que a intervenção não poderá ‘durar para sempre’ e defendeu que seja criado um plano de transição para evitar que os problemas “estourem” em dezembro.
“Eu coloquei para mim a seguinte situação: por mais que eu e Emanuel sejamos adversários ferrenhos, ele já tentou me prejudicar e eu já tentei prejudicá-lo. Apesar de tudo isso, eu não posso ficar de braços cruzados e ver a população sofrer por conta de uma guerra política”, afirmou Abílio, dizendo ser necessário conversar e colocar a população em primeiro lugar.
Em relação à intervenção, Abílio orientou o Governo do Estado a parar de “jogar contra si mesmo”, em razão da redução de médicos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Morada do Ouro, onde em uma de suas visitas ao local, constatou que mais de 13 pacientes estavam esperando por consulta na unidade.
“Está muito cheio (…), e isso se dá por um motivo muito claro: A redução de 3 para 2 no número de clínicos gerais que atendem à noite”, concluiu.
Fonte: Isso É Notícia