O prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) lamentou a morte do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa e citou o assassinato de seu pai, Emanuel Primo, que foi morto em 1974 com seis tiros. O servidor foi pelo vereador Marcos Paccola (Republicanos) no dia 1° de julho com três tiros pelas costas.
Em coletiva, Emanuel enfatizou que “Japão”, como era conhecido, deixou um filho de oito anos e esteve pensativo à respeito da vida que a criança irá daqui pra frente. O prefeito perdeu o pai quando tinha nova anos de idade.
Segundo o chefe da Alencastro, o que fica do caso “é a morte de um inocente, que morreu sem saber o porquê”.
“As pessoas precisam não falar só de um assassinato, mas lembrar de uma vítima inocente, que morreu sem saber o porquê, com tiros pelas costas. Me parece que ele tem um filho de 8 anos, imagina como vai ser o futuro a vida dessa criança. Eu perdi meu pai assassinado quando tinha 9 anos, então, eu não paro de pensar nessa criança”, disse o prefeito à imprensa.
Na ocasião, Pinheiro ainda citou sobre a atuação da Câmara Municipal em relação ao caso. Para ele, o parlamento não está sabendo sair “dessa areia movediça”.
“A Câmara precisa entender o seu momento histórico e tomar uma decisão, seja ela qual for, deve ser muito bem fundamentada, em todos os aspectos, para tentar dar uma reposta pra sociedade. Eu sinto que a Câmara não está sabendo sair dessa areia movediça, é lamentável e muito ruim isso tudo”, reiterou.
Nesta quinta-feira (14), a Casa Legislativa Municipal adiou a votação do afastamento de Paccola, que se sucedeu após um requerimento apresentado pelo vereador Sargento Vidal (MDB) que solicitava a apreciação Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
O requerimento foi aprovado com 15 votos favoráveis, 7 contrários e duas abstenções. Com o adiamento da votação, a pauta só voltará a ser discutida na Casa na próxima sessão plenária, que deve acontecer apenas após o recesso parlamentar, em agosto.
Fonte: Isso É Notícia