Evitando criticar o governador do Estado, Mauro (União), o prefeito da Capital, Emanuel Pinheiro (MDB), garantiu na manhã desta quarta-feira (7), já ter acionado a Justiça para barrar as obras do BRT, em Cuiabá e Várzea Grande.
Segundo o gestor, ele está “recheado” de provas oficiais que mostram que o chefe do Executivo estaria “saqueando o Estado”.
“Iniciei apresentar as provas ontem, porque a denúncia cabe diversos processos e representações no âmbito administrativo, cívico e criminal. […] Os indícios de participação do governador e seus sócios são fortíssimos, eles estão saqueando o estado de Mato Grosso”, assegurou Emanuel em entrevista à Rádio Jovem Pan.
De acordo com o emedebista, a denúncia tem como embasamento documentos assinados pelo governador e pelas empresas responsáveis pelas obras do modal em Mato Grosso.
Adotando um discurso mais pacífico, Emanuel mandou um recado desafiando o chefe do Paiaguás. “Não estão falando que não tem nada a ver? Vamos deixar a Justiça falar”.
“Todas as minhas denúncias estão recheadas de provas oficiais, inclusive de certidões da junta comercial do Estado de São Paulo, não estou com nenhuma denúncia irresponsável e leviana. Eles não estão falando que não tem nada a ver? Então deixa a Justiça falar, e não vai demorar não, porque o escândalo aqui é grande”, enfatizou.
O BRT
O Consórcio Construtor BRT Cuiabá, liderado pela empresa Nova Engevix, foi o vencedor da licitação, realizada no mês de março, apresentando a proposta de menor preço.
Ao todo, a obra de mobilidade é orçada em R$ 468 milhões.
Emanuel alega que há fortes indícios de fraudes no processo, visto que, a Nova Engevix venceu a Paulitec no processo licitatório para o BRT em Mato Grosso.
No entanto, as empresa formaram o consórcio PN Principe no processo de licitação em outra obra no Espírito Santo em 2020. Demonstração de que as duas empresas possuem proximidades.
Segundo o vice-prefeito, Jose Stopa (PV), as principais cidades do país estão realizando a troca de BRT para VLT, e Cuiabá, que tem todo o material, incluindo os vagões, deixará de lado o avanço tecnológico.
Em nota, a Nova Engevix negou qualquer envolvimento com as empresas em questão:
“A Nova Engevix elucida que não possuí relação societária com a Paulitec Construções e tampouco relações jurídicas com a Concremat Engenharia e a Engemix.
O Grupo conta com uma área de Governança e Integridade, a qual opera um programa de compliance robusto, com processos internos rigorosos, inclusive com certificação em norma internacional anticorrupção e demais legislações vigentes. A Nova Engevix participou de forma absolutamente íntegra na licitação do BRT de Cuiabá.”
Fonte: Isso É Notícia