A equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destacou a reunião entre o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, como um ?encontro muito melhor do que o imaginado? inicialmente.
A avaliação é que as portas realmente foram reabertas ? ou melhor, abertas pela primeira vez ? para uma negociação séria, de acordo com os interesses comerciais e econômicos das duas nações.
Segundo assessores presidenciais, a partir de agora o componente político deixará de ser o fator decisivo nas negociações (leia mais abaixo).
O componente político pode e deve entrar em algum momento, até porque Lula quer acertar com o presidente norte-americano, Donald Trump, uma revogação não só do ?tarifaço?, mas também das sanções impostas a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e a integrantes de seu governo.
A conversa reservada entre Vieira e Rubio, que durou cerca de vinte minutos, teve como objetivo trocar recados que foram repassados a Lula e Trump. Já a reunião com as equipes serviu para delinear os próximos passos para o início efetivo das negociações.
Vieira reiterou o pedido para que o ?tarifaço? de 40% seja suspenso durante as negociações, o que deve ser decidido no primeiro encontro pessoal entre os dois presidentes.
A nota conjunta dos dois países foi vista como um comprometimento da parte da equipe de Trump com as negociações, algo inédito na relação entre Brasil e Estados Unidos desde que o republicano assumiu o governo norte-americano. O encontro entre os dois deve ocorrer no próximo mês.
Enquanto isso, em Brasília, depois do encontro de quinta (16) entre Rubio e Vieira, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ficaram com a percepção de que Eduardo Bolsonaro ficou em segundo plano e fez a direita retroceder na eleição.
A avaliação é que Bolsonaro errou ao não colocar um freio no filho. Pelo contrário: no início ficou entusiasmado, mas agora enxerga suas chances de escapar da prisão desaparecerem.
Fonte G1 Brasília
